Zona do Euro considera cautelosamente impulso fiscal em meio a incerteza sobre vírus

Vista do Distrito financeiro de La Defense, em Paris, na França.
Vista do Distrito financeiro de La Defense, em Paris, na França.

Os ministros das Finanças da zona do euro discutirão nesta segunda-feira (17/02/2020) um documento que apela por uma política fiscal mais favorável ao crescimento, uma medida que pode levar a mais gastos da Alemanha, à medida que os temores de uma desaceleração aumentam em meio à incerteza causada pelo surto de coronavírus.

Por anos, a zona do euro de 19 países manteve uma política fiscal “amplamente neutra” em suas recomendações anuais, apesar das repetidos pedidos do Banco Central Europeu (BCE) e dos países de crescimento lento para que invistam mais.

Mas o fraco crescimento no ano passado na Alemanha, a maior economia do bloco, e o medo de uma nova crise, alimentada pelo surto de coronavírus na China, estão pressionando Berlim a suavizar sua posição.

Até agora, a Alemanha pregou austeridade para reduzir os desequilíbrios fiscais em países com dívidas altas, como Itália e Grécia.

“Se os riscos negativos se concretizarem, as respostas fiscais devem ser diferenciadas, visando uma postura mais favorável no nível agregado”, diz o documento da União Europeia, confirmando uma reportagem da Reuters do início de fevereiro.

Os ministros das Finanças da zona do euro discutirão o documento em Bruxelas ainda nesta segunda-feira, de acordo com a agenda da reunião, e devem adotá-lo na terça-feira, disseram autoridades da UE.

O surto de coronavírus na China está entre os principais riscos negativos para a economia da zona do euro, segundo previsões divulgadas na semana passada pela Comissão Europeia.

O chefe do Eurogroup, Mario Centeno, disse antes da reunião que os efeitos do surto sobre a economia da zona do euro devem ser “temporários” no momento, mas que é necessário um monitoramento constante para avaliar seu impacto a longo prazo.

O ministro das Finanças da Itália, Roberto Gualtieri, disse a repórteres que é muito cedo para avaliar o impacto econômico do coronavírus.

*Com informações de Francesco Guarascio, da Agência Reuters.


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