
Em discurso na Câmara Municipal de Feira de Santana, na sessão ordinária desta quarta-feira (11/03/2020) o vereador Edvaldo Lima (PP) criticou a postura do secretário de Esporte Cultura e Lazer, Edson Borges, durante participação na reunião da comissão da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) da Micareta de Feira de Santana.
A reunião que aconteceu ontem (10), no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, contou com a participação de representantes de diversos órgãos, entre eles, do Corpo de Bombeiros, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, da Polícia Militar e Ministério Público. Na oportunidade, a Polícia Militar, propôs o adiamento da Micareta 2020 devido às incertezas e riscos de disseminação do coronavírus, Covid-19.
“A chegada do vereador Edvaldo Lima na reunião não foi bem aceita pelo secretário Edson Borges. Quero dizer ao secretário, por quem tenho muito respeito, que fui eleito democraticamente pela população para representar o povo, fazer as leis e fiscalizar o Executivo. Sou fiscal do Município”, argumentou
“Esta Casa e o poder garantido precisam ser respeitados. O procedimento do secretário foi equivocado, não quis conceder a palavra ao vereador. Disse que ali só o corpo técnico”, reclamou Edvaldo Lima.
Edvaldo repercute tratamento recebido por secretário
O edil Edvaldo Lima (PP) repercutiu o tratamento que recebeu do secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Edson Borges, ao chegar a reunião da Fiscalização Preventiva Integrada- FPI, que tratou sobre o Micareta de Feira 2020.
“Eu respeito a Constituição Federal e os poderes públicos. Parabenizo o prefeito Colbert que tem preocupação e respeito para com a população, ao contrário do secretário Edson Borges. Vejam o que diz o art. 31 da CF, que trata sobre a função do vereador”, pontuou Edvaldo fazendo a leitura do artigo, onde versa que a fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo municipal.
E continuou. “Eu fui para a reunião ontem porque ali seriam tomadas decisões importantes e o que eu presenciei foi o desrespeito do secretário para com este vereador. A partir de hoje, após conhecimento deste artigo, ele não vai mais poder fazer isso. Quando os senhores forem a qualquer local público e fecharem as portas, liguem para a polícia, pois todos temos a garantia da CF. Respeitem o vereador, que foi eleito pelo povo. E, se não quiser respeitar, faça sua carta ao prefeito e vá embora. Eu estava naquele local para defender a saúde do povo de Feira. Todos os segmentos da sociedade foram convidados para aquela reunião, menos o Poder Legislativo. Respeitem o Poder Legislativo desta cidade”, pediu.
O edil lembrou mais que disponibilizou uma pesquisa no site Petição Pública.com.br sobre a possibilidade da suspensão da Micareta de Feira 2020. “Coloquei uma votação para saber quem é a favor do cancelamento da Micareta e temos mais de 8 mil votos para o cancelamento da festa. Aqui temos vários vereadores e pergunto: quem é a favor do cancelamento da Micareta? Eu pedi o cancelamento, é meu direito como representante do povo, mas cada um responda por si. A população está querendo o cancelamento, em virtude da preservação da saúde. Na Itália, todos os grandes eventos foram cancelados e eu concordo. Peço que nosso Poder Público também pense em cancelar eventos que aglomeram pessoas”, informou.
Em aparte, o presidente da Casa, vereador José Carneiro Rocha (PSDB) disse não concordar com a posição do colega. “ Não concordo, mas respeito. Temos que pensar se a questão agora é aglomeração de pessoas porque se for, temos que nos preocupar com a Marcha para Jesus, Parada Gay, cultos em igrejas, partida de futebol, aulas e mais”, avaliou.
De volta com a palavra, Edvaldo garantiu que a contaminação do coronavírus pode ser controlada em salas de aula e cultos religiosos. “Em cultos e salas de aula podemos controlar com álcool gel, água e sabão. É diferente de Micareta, onde ninguém é de ninguém e as drogas e viroses rolam soltas. Culto e aulas não atrapalham não, a não ser que nesses locais haja pessoas contaminadas. Já o cancelamento da Marcha para Jesus, eu concordo”, findou.
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