Grupo Eurasia orienta clientes a se afastarem do Brasil

Ian Bremmer, presidente e fundador da Eurasia Group.
Ian Bremmer, presidente e fundador da Eurasia Group.
Ian Bremmer, presidente e fundador da Eurasia Group.
Ian Bremmer, presidente e fundador da Eurasia Group.

O presidente e fundador da Eurasia Group, considerada a principal consultoria de risco político do mundo, Ian Bremmer, disse que tem recomendado a seus clientes que mantenham o Brasil longe das possibilidades de aporte de investimentos.

Ele considera o presidente Jair Bolsonaro um risco para o país. E prevê que o Brasil que pode vir a enfrentar um cenário de instabilidade social, por conta da atuação do presidente da República na condução do país diante da pandemia do coronavírus. Na prática, o consultor aponta que o presidente do Brasil é um problema para o ambiente de negócios no país.

No Twitter, Bremmer tem reiterado críticas a Bolsonaro, classificando-o como “o líder político mais ineficaz do mundo democrático”. Ele concorda que o chefe de Estado brasileiro não tem condições de lidar satisfatoriamente com a crise do Covid-19. “No plano internacional, ele virou motivo de chacota”, constata. “O presidente de uma nação não pode confrontar a ciência e o bem-estar de seus cidadãos”, resume.

Bremmer afirma que Bolsonaro está minando a sua própria popularidade e causando divisões dentro da base de apoio ao seu governo no parlamento. O cientista político não descarta a possibilidade de impeachment do líder brasileiro.

Problemas em série

Ele afirma que Bolsonaro se comporta pior agora do que no início do ano passado, quando sua ação deletéria na área ambiental provocou críticas de chefes de Estado na Europa. “É muito pior do que o dano à imagem do Brasil provocado pelos incêndios florestais na Amazônia e os comentários absurdos feitos pelo presidente na ocasião”, aponta.

“Todos sabemos que ele é um causador de problemas, um populista que gosta de dizer coisas inapropriadas e, por isso, é chamado de ‘Trump dos trópicos’. Contudo, nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump não está em confronto com seus próprios médicos”.

Bremmer afirma que o comportamento de Bolsonaro afasta investidores estrangeiros do Brasil. “Nós rebaixamos nossas projeções e expectativas para o Brasil em função da crise pandêmica”, afirma. “As principais razões são a condução de Bolsonaro, associada ao risco de que não consiga levar adiante a agenda de reformas econômicas e, em vez disso, volte-se para a sua base populista, mais ligada aos temas de segurança”.

Mas devemos nos questionar se existe, no Brasil, um alinhamento dos parlamentares para aprovar continuamente as reformas necessárias. É muito improvável que haja, na minha opinião.

 


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