Presidente Jair Bolsonaro diz que não pretende demitir ministro Luiz Henrique Mandetta “durante a guerra”; Extremista age como o rei louco de Game of Thrones

Extremista Jair Bolsonaro age como o rei louco de Game of Thrones.
Extremista Jair Bolsonaro age como o rei louco de Game of Thrones.
Extremista Jair Bolsonaro age como o rei louco de Game of Thrones.
Extremista Jair Bolsonaro age como o rei louco de Game of Thrones.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (02/04/2020) que não pretende demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante a “guerra”, numa referência à atuação dele durante a pandemia do novo coronavírus, mas admitiu publicamente que tem tido problemas com o auxiliar.

“Não pretendo demiti-lo durante a guerra”, disse Bolsonaro, em entrevista ao programa Pingo nos Is, da Rádio Jovem Pan, ao não garantir a permanência dele à frente da pasta após a pandemia.

O pronunciamento do extremista de direita Jair Bolsonaro é consentâneo com a necropolítica socioeconômica, cuja finalidade é, através do necropoder, exercer o extermínio de segmentos do sub-proletariado, superexplorado.

O totalitarista age como o rei louco de Game of Thrones, personagem responsável por incendiar inimigos e aliados, sendo responsável pela conflagração do reino.

Na entrevista, o presidente reconheceu já saber que ele e Mandetta estão se “bicando há um bom tempo”. Para ele, o ministro da Saúde em algum momento “extrapolou” e tem tido falta de “humildade”.

“Espero que ele dê conta do recado”, disse o presidente.

Os dois têm protagonizado embates sobre a atuação do governo federal para conter o avanço do coronavírus. Bolsonaro tem defendido relaxamento de medidas de isolamento social para evitar o agravamento da crise econômica. Mandetta, por sua vez, tem respaldado ações de contenção de governos estaduais e municipais para evitar uma maior propagação do vírus.

Bolsonaro disse que nenhum ministro do seu governo é indemissível e considerou que, em alguns momentos, Mandetta deveria ouvir um pouco mais o presidente. Destacou que Mandetta cuida da Saúde, o ministro Paulo Guedes da economia e ele atua no meio. Avaliou que não tem nenhum problema com Guedes, mas Mandetta quer fazer valer a sua posição.

“Tem faltado um pouco de humildade ao Mandetta”, disse. Para Bolsonaro, o clima de histeria e pânico contagiou parte dos profissionais do Ministério da Saúde.

“É igual numa guerra. Numa guerra, a gente vai perder soldados”, disse. “Boa sorte ao Mandetta, espero que ele prossiga na sua missão com um pouco mais de humildade”, reforçou.

O conceito

Necropolítica e Necropoder são conceitos teóricos desenvolvidos pelo pesquisador Joseph-Achille Mbembe, na obra ‘Necropolítica’, que designa como o poder social e político é utilizado para determinar de que maneira algumas pessoas podem viver e como outras pessoas devem morrer.

Achille Mbembe teoriza que as formas contemporâneas que subjugam a vida ao poder da morte se caracterizam como uma ‘Necropolítica’ exercida pelo ‘Necropoder’, cuja função é reconfigurar profundamente as relações entre resistência, sacrifício e terror no mundo contemporâneo, através do uso de armas de fogo, cujo objetivo é provocar a destruição máxima de pessoas e criar “mundos de morte”, formas únicas e novas de existência social, nas quais vastas populações são submetidas a condições de vida que lhes conferem o estatuto de “mortos-vivos”.

*Com informações de Ricardo Brito, da Agência Reuters.


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