Em março de 2020, produção industrial da Bahia recuou 5%, diz IBGE

Dados da produção industrial da Bahia referentes ao mês de março de 2020.
Dados da produção industrial da Bahia referentes ao mês de março de 2020.
Dados da produção industrial da Bahia referentes ao mês de março de 2020.
Dados da produção industrial da Bahia referentes ao mês de março de 2020.

Em março de 2020, a produção industrial da Bahia recuou (-5,0%) frente ao mês anterior, descontados os efeitos sazonais, aprofundando a queda que tinha sido registrada na passagem de janeiro para fevereiro (-0,8%). Ainda assim, o resultado de março no estado foi melhor do que o verificado no mesmo mês de 2019, quando a produção industrial baiana havia caído -8,6%.

De fevereiro para março, a produção industrial brasileira teve queda de -9,1%, com recuos em todos os 15 locais pesquisados. Foi a primeira vez que isso ocorreu desde 2012, quando se iniciou a nova série histórica da Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-PF Regional), do IBGE.

Os piores resultados, nesse confronto, ocorreram no Ceará (-21,8%), Rio Grande do Sul (-20,1%) e Santa Catarina (-17,9%). A Bahia teve a 10a queda.

Apesar do resultado negativo frente a fevereiro, em relação a março de 2019, a produção industrial baiana se manteve em alta. Cresceu 5,8% e mostrou o terceiro resultado positivo consecutivo em 2020, ainda que com redução no ritmo de avanço (havia crescido 8,5% em janeiro e 7,0% em fevereiro).

Nesse confronto, a indústria baiana teve o segundo melhor resultado entre as 15 regiões pesquisadas, abaixo apenas do Rio de Janeiro (9,4%). O desempenho do estado ficou bem acima do nacional (-3,8%). Foi ainda o melhor mês de março para a indústria da Bahia desde 2013, quando a produção havia crescido 6,1%.

Frente a março do ano passado, apenas 4 das 15 áreas tiveram avanço na produção industrial. Além de Rio de Janeiro e Bahia, a indústria cresceu também no Paraná (1,6%) e em Pernambuco (1,4%). No outro extremo, Santa Catarina (-15,6%), Espírito Santo (-14,2%) e Rio Grande do Sul (-13,7%) mostraram os recuos mais profundos.

Com o resultado de março, a indústria baiana sustenta crescimento de produção de 7,1% no acumulado no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. É o segundo melhor resultado do país, abaixo apenas do verificado no Rio de Janeiro (9,8%) e bem superior ao nacional (-1,7%).

Já nos 12 meses encerrados em março, a produção industrial baiana ainda se mantém com variação negativa (-0,4%), frente aos 12 meses imediatamente anteriores. O resultado está um pouco melhor do que o verificado no Brasil como um todo (-1,0%).

O quadro a seguir mostra as variações da produção industrial brasileira e regional em março de 2020.

Fabricação de derivados de petróleo (+46,6%) e alimentos (+11,1%) puxam bom desempenho da indústria baiana em março

O crescimento de 5,8% na produção industrial da Bahia, na comparação com março de 2019, foi, mais uma vez, resultado do desempenho positivo da indústria de transformação (7,3%). A indústria extrativa teve nova queda de produção no mês (-20,2%).

Mesmo na indústria de transformação, a alta de março foi concentrada em 4 das 11 atividades pesquisadas separadamente no estado. De forma similar ao que já havia ocorrido em janeiro e fevereiro, o resultado positivo do setor de transformação teve influência determinante da fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (46,6%).

O segmento de derivados de petróleo é o de maior peso na estrutura industrial da Bahia e teve, em março, seu oitavo resultado positivo consecutivo, sustentando ritmo crescente de aumento da produção. Todos os produtos investigados tiveram alta de produção no mês, liderados pelos óleos combustíveis, diesel e naftas para a petroquímica.

O segundo principal impacto positivo no resultado da atividade fabril baiana em março veio da fabricação de alimentos (11,1%). A atividade teve o segundo crescimento seguido e também mostrou aceleração no ritmo de avanço, com destaque para a produção de farinha de trigo, biscoitos/ bolachas e massas.

A fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (73,4%, maior alta) e de celulose, papel e produtos de papel (0,7%) completam os resultados positivos no mês, para a indústria da Bahia

No outro extremo, dentre as sete atividades de transformação com queda de produção em março, os principais impactos negativos para o desempenho geral da indústria na Bahia vieram, respectivamente, da metalurgia (-26,8%) e da preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-27,8%).

A metalurgia teve a sétima queda seguida no estado, enquanto a produção de artigos de couro retomou a sequência de resultados negativos, depois ter tido avanço em fevereiro (de 0,8%).


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.