Variante britânica do coronavírus pode ser mais letal, diz primeiro-ministro Boris Johnson

Primeiro-ministro Boris Johnson afirma haver evidências de que mutação pode causar mais mortes. Cientistas destacam, porém, que mais estudos são necessários para confirmar essa associação.
Primeiro-ministro Boris Johnson afirma haver evidências de que mutação pode causar mais mortes. Cientistas destacam, porém, que mais estudos são necessários para confirmar essa associação.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou nesta sexta-feira (22/01/2021) haver “evidências” que indicam que a variante britânica do coronavírus estaria associada a um maior índice de mortalidade. Em dezembro, o país anunciou a descoberta desta cepa significativamente mais contagiosa.

“Fomos informados hoje que, além de se expandir mais rapidamente, agora também parece haver alguma evidência de que a nova variante, identificada em Londres e no Sudeste, pode estar associada a um nível de mortalidade mais elevado”, disse o premiê britânico numa entrevista coletiva. O país registrou nesta sexta-feira 1.401 mortes por covid-19 em 24 horas.

Johnson afirmou ainda que, devido ao impacto dessa nova variante, o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS) está “sob maior pressão”. Ele acrescentou que os 38.562 pacientes com covid-19 atualmente em hospitais britânicos representam um aumento de 78% em relação ao recorde registrado na primeira onda, em abril.

O primeiro-ministro destacou ainda que as vacinas que estão sendo administradas no país são eficazes contra ambas as cepas.

Mais estudos necessários

Na coletiva, o principal conselheiro científico do governo, Patrick Vallance, afirmou que a informação sobre o aumento da taxa de mortalidade “ainda não é conclusiva”. Mas, segundo ele, existem sinais de que, a cada 1.000 infectados com cerca de 60 anos, a nova cepa cause a morte de 13 ou 14 pacientes, enquanto a cepa antiga causa cerca de 10 óbitos neste grupo.

“Ainda existe muita incerteza sobre estes números e precisamos de mais estudos para torná-los mais precisos, mas existe uma preocupação que exista um aumento na mortalidade bem como na transmissão”, acrescentou.

Vallance destacou que a variante britânica é entre 30% e 70% mais contagiosa que a original, embora o motivo ainda seja desconhecido.

O conselheiro também ressaltou que há sinais crescentes de que as vacinas são eficazes contra a nova variante. Há mais dúvidas sobre a eficácia dos imunizantes existentes contra as cepas identificadas na África do Sul e no Brasil, reconheceu Vallance.

Desde o início da pandemia, o Reino Unido registrou mais de 3,5 milhões de casos e 95.981 mortes. O país já vacinou cerca de 5,38 milhões de britânicos.

*Com informações do DW.


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