Afeganistão: Ataque a aeroporto de Cabul foi “projetado especificamente para causar uma carnificina”

ONU diz esperar que os responsáveis pelos ataques sejam capturados e julgados. Escritório de Direitos Humanos diz que grupo afiliado ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante teve intenção de matar e mutilar o máximo de civis. OMS chama a atenção internacional para necessidades “enormes e crescentes” na saúde.
ONU diz esperar que os responsáveis pelos ataques sejam capturados e julgados. Escritório de Direitos Humanos diz que grupo afiliado ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante teve intenção de matar e mutilar o máximo de civis. OMS chama a atenção internacional para necessidades “enormes e crescentes” na saúde.

Entidades das Nações Unidas reforçam que é preciso capturar e levar rapidamente à justiça os responsáveis das explosões ocorridas na quinta-feira no Aeroporto Hamid Karzai na capital afegã, Cabul.

Agências de notícias informaram que pelo menos 170 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no ato. Os ataques mataram pelo menos 13 militares americanos que estavam no local.

Isil

As reações mais recentes foram do Alto Comissariado para os Direitos Humanos e da Organização Mundial da Saúde, horas após condenação veemente dos atos feita pelo secretário-geral, António Guterres.

Falando a jornalistas, em Genebra, o porta-voz do Escritório, Rupert Colville, afirmou que o ataque foi levado a cabo por um grupo afiliado ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante, o Isil-Khorasan.

Segundo ele, a intervenção foi “claramente calculada para matar e mutilar o máximo de pessoas possível: civis”. Entre elas “crianças, mulheres, pais, mães, assim como o Talibã e forças estrangeiras protegendo o aeroporto”.

Para Colville, o ataque “foi projetado especificamente para causar uma carnificina, e a causou”. Ele enfatizou que o ato hediondo teve como alvo civis desesperados, e se espera que os responsáveis sejam capturados e julgados.

Necessitados

Já o diretor regional de Emergência para o Mediterrâneo Oriental da Organização Mundial da Saúde, OMS, destacou que a situação no Afeganistão permanece muito volátil e os ataques terroristas pioraram ainda mais a situação.

As necessidades humanitárias consideradas “enormes e crescentes” colocam mais de 18 milhões de pessoas necessitadas “em um contexto de fome, seca, conflito e Covid-19”.

Mesmo depois de concluídas as evacuações de estrangeiros, milhões de afegãos vulneráveis “deverão continuar para trás, e a solidariedade global deveria ser expressa não apenas em palavras, mas também em ações concretas”.

A grande prioridade da OMS continua a ser a segurança e proteção de seu pessoal no terreno e depois garantir a continuidade dos serviços de saúde.

Retrocessos

Em 34 províncias, 97% das cerca de 2,2 mil unidades de saúde continuam abertas e funcionando, mas estavam ficando sem suprimentos que durarão apenas alguns dias.

A OMS explora formas de importar mais suprimentos. O Aeroporto de Cabul, agora descartado como opção para o desembarque, deverá agora dar lugar ao Aeroporto Mazar-i-Sharif que vem sendo analisado.

O mais importante no momento é atender as necessidades de mulheres e crianças, deslocados, vítimas de traumas e desnutridos. Brennan lembrou dos ganhos obtidos nos últimos 20 anos no que diz respeito à mortalidade materna e infantil, e não se deveria permitir que ocorressem retrocessos nesse progresso.

Grupo de jornalistas e socorristas durante ataque suicida no centro de Cabul em 30 de abril de 2018.

O representante disse que ainda não havia muita certeza em relação às operações do Aeroporto de Cabul após o prazo de partida de forças dos Estados Unidos, em 31 de agosto.

Menores

A agência da ONU disse não ter informações sobre impedimento de suas trabalhadoras locais de trabalhar. Mas realça que a enorme fuga de cérebros dos profissionais de saúde era uma grande preocupação.

O Fundo da ONU para a Infância, Unicef, apela a todas as partes para que garantam a proteção das mulheres e das crianças, em todos os momentos.

 A agência especializada no apoio à criança expressou profunda preocupação com a segurança do grupo e com o aumento de violações graves das últimas semanas.

*Com informações da ONU News.


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