Um dos principais reconhecimentos a profissionais e instituições que contribuem para a divulgação da ciência brasileira, o prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica é oferecido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que premiou este ano o Museu do Amanhã. O reconhecimento se deu pelo trabalho de tornar acessível ao público o conhecimento sobre Ciência, Tecnologia, Inovação e seus avanços e foi escolhido como o melhor na categoria “Instituição ou Veículo de Comunicação”. A premiação desta 41ª edição acontecerá em cerimônia virtual durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, entre os dias 2 e 8 de outubro de 2021.
Em meio ao cenário desafiador vivenciado por todo o mundo atualmente, a ciência é peça-chave, tornando o trabalho da comunidade científica essencial na linha de frente ao combate à pandemia de Covid-19. A Comissão Julgadora pela decisão do prêmio, justifica que a escolha do Museu do Amanhã se deve ao seu papel fundamental na museologia de ciência no país em área estratégica. “Ele trouxe novos públicos para os museus de ciência e divulgação científica. A instituição investe em exposições, eventos que promovem o debate acerca do impacto da ciência na sociedade e a reflexão sobre o nosso futuro, além de investir na capacitação de divulgadores, professores e estudantes. É importante destacar que o Museu do Amanhã entrou no calendário turístico e educativo da cidade do Rio de Janeiro e no país. No entanto, seu impacto não se restringe à cidade do Rio do Janeiro, pois tem usado as mídias sociais para transmitir suas atividades adequando à linguagem própria destas mídias”.
Ricardo Piquet, presidente do IDG – Instituto de Desenvolvimento e Gestão, responsável pela gestão do Museu do Amanhã, enfatiza que o equipamento atrai um público que não costumava frequentar museus e que isso valoriza ainda mais o trabalho da equipe de tornar a ciência mais acessível e atraente. “O prêmio nos coloca na galeria de grandes instituições de ciências, de grandes pesquisadores e comunicadores. É uma honra ter esse reconhecimento de uma instituição como o CNPq por compartilharmos conhecimento, de forma inovadora, com a população em geral, especialmente num ano em que a ciência passou a fazer parte do dia a dia das pessoas, provando ser fundamental para a nossa existência”, reforçou Piquet.
Em 2020, quando boa parte do país entrou em quarentena, o Museu do Amanhã criou uma série de programas para se manter conectado e em diálogo com o seu público, entre os quais o “Amanhãs Aqui e Agora”, série de conversas com a presença de cientistas, psicanalistas, economistas, ambientalistas, artistas e especialistas em diversas áreas. Os temas do ano na curadoria, como as emergências climáticas, os oceanos e a biodiversidade, passaram a ser analisados sob o prisma do Coronaceno, que aponta para vastas transformações que a civilização enfrenta no Antropoceno – era em que as ações da humanidade modificam a natureza a tal ponto que põem em risco a sua própria sobrevivência.
Na reabertura, depois de seis meses de pandemia, o Museu do Amanhã atualizou a sua exposição de longa duração para apresentar aos seus visitantes novas informações sobre o coronavírus. Vídeos novos com depoimentos de especialistas, fotos e dados viraram referência para o público. Além do conteúdo, a mensagem de que a ciência e a educação salvam vidas foi explicitada na forma como o museu promoveu a volta do público, com sinalização sobre o distanciamento social, a obrigatoriedade do uso de máscara e a orientação dos educadores para que as pessoas respeitassem as regras e o protocolo sanitário exigido para conter a pandemia.
Em março de 2021, o museu inaugurou a exposição temporária “Coronaceno – Reflexões Em Tempos de Pandemia”, um convite ao público para refletir sobre como a influência humana e a globalização foram fundamentais na disseminação do novo coronavírus. O tour virtual da mostra está disponível no
https://artsandculture.google.com/culturalinstitute/beta/u/0/story/9gVhS6T56XCs0w
Com mais de 4,5 milhões de visitantes em cinco anos de existência, o Museu do Amanhã tem uma narrativa estruturada em cinco áreas (Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós), num percurso que propõe ao visitante refletir sobre cinco questões: de onde viemos, quem somos, onde estamos, para onde vamos e como queremos ir. Com base em evidências científicas e dados fornecidos por instituições e centros de ciência de todo o mundo, o museu oferece uma visita informativa, lúdica e interativa, através de vídeos, jogos, fotos e instalações.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




