Bolsa de Valores cai 6,57% em setembro de 2021 e tem pior mês desde março de 2020

Bolsa de Valores do Brasil (B3) registrada queda acentuada no volume de negociações.
Bolsa de Valores do Brasil (B3) registrada queda acentuada no volume de negociações.

Em mais um dia de instabilidade no mercado financeiro, a bolsa de valores caiu após subir durante a maior parte do pregão. O dólar iniciou o dia em baixa, mas fechou com pequena alta, após o Banco Central intervir no câmbio e impedir que a cotação ultrapassasse R$ 5,50.

O índice Ibovespa, da B3, fechou esta quinta-feira (30/09/2021) aos 110.979 pontos, com queda de 0,11%. O indicador chegou a subir 1,14% na máxima do dia, por volta das 12h30, mas reverteu o movimento durante a tarde e passou a cair, com o agravamento das incertezas econômicas no Brasil e a queda na bolsa norte-americana.

O Ibovespa encerrou setembro com queda de 6,57%. Esse foi o pior mês para a bolsa desde março de 2020, no início da pandemia da covid-19. Em 2021, o indicador acumula baixa de 6,75%.

O mercado de câmbio também teve uma reversão de expectativas durante a sessão. O dólar comercial iniciou o dia em queda, chegando a cair para R$ 5,37 na mínima do dia, por volta das 9h45. No entanto, com o início das negociações internacionais, a moeda passou a subir e fechou o dia vendida a R$ 5,446, com alta de 0,29%. A cotação está no maior nível desde 27 de abril (R$ 5,46).

A moeda norte-americana só não subiu mais por causa da atuação do Banco Central. Pouco antes das 16h, a cotação chegou a R$ 5,47. No entanto, a autoridade monetária leiloou US$ 500 milhões em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.

A divisa encerrou setembro com alta de 5,36%, a maior valorização desde janeiro deste ano (5,53%). Em 2021, o dólar acumula alta de 4,97%. Apenas no terceiro trimestre, a cotação subiu 9,51%.

Tanto fatores internos como externos contribuíram com a turbulência no mercado financeiro. Nos Estados Unidos, a aprovação de uma resolução que impede a paralisação do governo norte-americano pelos próximos meses acalmou os investidores, mas foi insuficiente para reverter o pessimismo no mercado global. A expectativa de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) comece a retirar os estímulos monetários concedidos desde o início da pandemia continuou a derrubar as bolsas.

No Brasil, as incertezas em torno de uma eventual prorrogação do auxílio emergencial, para compensar o atraso na aprovação da reforma do Imposto de Renda, voltaram a pressionar o mercado. Paralelamente, a cotação do dólar foi influenciada pela formação da taxa Ptax, taxa baseada no câmbio médio do dia que rege diversos contratos de derivativos e a parcela da dívida pública vinculada ao câmbio.

*Com informações da Agência Brasil.


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