Em nota divulgada nesta segunda-feira (29/11/2021), o Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA) apresentou argumentos técnicos para que não ocorra a edição 2022 do Carnaval da Bahia. A entidade argumenta, em síntese, a necessidade de ampliar a cobertura vacinal e que o fato de ocorrer novas variantes do SARS-CoV-2 com grau de infecciosidade requer cautela na promoção de eventos.
Confira nota do COREN Bahia
O Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA) vem a público comunicar que é totalmente contrário à realização do Carnaval na Bahia em 2022. O Coren-BA alerta para o alto risco de agravamento do cenário da pandemia de Covid-19 no estado, caso as autoridades governamentais autorizem a realização da folia momesca em Salvador e demais municípios baianos.
Considerando que o estado da Bahia está com uma média acima de 3 mil casos ativos da Covid-19, segundo boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde (Sesab), e considerando que apenas 54.7 % da população baiana está com o 1º ciclo vacinal completo, realizar o Carnaval em Salvador e em outras cidades da Bahia seria uma atitude completamente equivocada.
Vale ressaltar, ainda, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) avalia que o mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia da Covid-19, inclusive assolando diversos países europeus, como a Alemanha que vem atingindo recordes de casos de Covid. A OMS alerta, ainda, que o vírus continua evoluindo com variantes mais transmissíveis, inclusive a identificada no continente africano como Omicron, classificada pela OMS como uma Variante de Preocupação.
O Carnaval na Bahia, principalmente em Salvador, é tradicionalmente uma festa de rua, que aglomera milhares de pessoas em ambientes sem controle de fluxo e sem distanciamento social, condição extremamente propícia para aumento da transmissão comunitária da Covid-19. O Coren-BA também alerta que a imunização reduz as hospitalizações, porém não interrompe a transmissão.
A realização do Carnaval seria uma atitude extremamente inconsequente, atraindo turistas de regiões que estão, inclusive, vivenciando uma alta desenfreada de casos, como é o caso dos países europeus, e colocando em risco a saúde da população. O Carnaval de rua traria consequências bastante graves, modificando o curso da epidemiologia da doença, com o aumento de transmissão, aumento da mortalidade e casos graves da doença.
Diante do exposto, o Coren-BA reafirma seu posicionamento contrário à realização do Carnaval em 2022 e alerta a população para a necessidade da complementação do ciclo vacinal e intensificação do uso de máscaras, evitando aglomerações, inclusive com cuidado redobrado nas datas comemorativas de final de ano, a exemplo do natal e réveillon.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




