Falha na meta de vacinar 40% da população é “vergonha moral”, afirma OMS

Chefe da OMS pediu compromisso dos países desenvolvidos com cobertura vacinal global de 70% até julho de 2022.
Chefe da OMS pediu compromisso dos países desenvolvidos com cobertura vacinal global de 70% até julho de 2022.

Ao marcar os dois anos do início do surto de Covid-19, na cidade de Wuhan, na China, o diretor-geral da OMS, afirmou ser uma “vergonha moral” o mundo não atingir a meta de vacinar 40% da população em 2021.

Para Tedros Ghebreyesus, a baixa cobertura vacinal e a falha nas imunizações custaram vidas e permitiram a mutação do vírus.

Futuro

Para 2022, ele reforçou que conta com o apoio, especialmente dos países mais ricos e que já iniciaram as doses de reforço para vacinar 70% da população global até julho.

Tedros disse que o foco agora é ampliar o número de vacinados antes de seguir com novas campanhas. Segundo ele, acabar com a desigualdade na saúde é a chave para o fim da pandemia.

O chefe da OMS lembrou que “nunca é tarde para fazer a coisa certa”, pois quanto mais tempo durar a pandemia, maiores as chances de novas variantes resistentes às vacinas atuais ou infecções anteriores.

Para ele, é importante que os governos aumentem o suprimento de manufatura local para finalizar essa pandemia e se preparar para as futuras.

Ainda sobre o avanço em novos imunizantes e tratamentos contra a doença, Tedros aposta em compartilhamento de tecnologia e conhecimento, bem como a renúncia aos direitos de propriedade intelectual. Um passo que deveria ter acontecido no início da pandemia.

Brasil

Em resposta a uma jornalista do Brasil, o chefe da OMS fez uma avaliação positiva da situação atual do país, que já se aproxima dos 65% de imunizados.

Ele reforçou que a imunização dos mais vulneráveis deve ser prioridade e destacou a importância de manter as medidas de prevenção.

Também à jornalista brasileira, o chefe do Programa de Emergências da OMS, Michael Ryan, afirmou que a transmissão da nova variante deve seguir tanto na América do Sul como no resto do mundo.

Por isso, ele afirma que é hora de preparar os sistemas de saúde, mesmo que o vírus demonstre causar versões mais leves da doença, para evitar falta de recursos para lidar com novas ondas.

Ryan destaca que com a cobertura vacinal, especialmente das populações vulneráveis e em locais isolados, sua expectativa é que a fase mais aguda da pandemia, com aumento mortes e hospitalizações, termine em 2022, já que o coronavírus não deve desaparecer no próximo ano.

Relembre

Foi em 31 de dezembro de 2019 que o Governo da China relatou um conjunto de casos em Wuhan, na província de Hubei, e identificou o novo coronavírus.

O vírus, posteriormente denominado SARS-CoV-2, é a causa da nova doença, a Covid-19.

A OMS declarou uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional em 30 de janeiro de 2020.

Na data, pelo menos 7,8 mil casos de contaminação foram confirmados, a maioria na China, onde surgiu a nova cepa.

O país registrava 170 mortes e outras 19 nações já oficializavam a circulação do coronavírus.

Em 29 de dezembro de 2021, a OMS estima que a doença já tenha infectado 283 milhões de pessoas e causado 5,4 milhões de mortes.

*Com informações da ONU News.


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