No Brasil, casos de Covid-19 triplicam em apenas uma semana

Opas pede que países sigam monitorando e gerando dados sobre a progressão do vírus para orientar as decisões.
Região das Américas observa tendência de alta na transmissão do vírus, de acordo com a Organização Panamericana da Saúde. Diretora da Opas pede que países sigam testando e monitorando os novos casos; nações com ampla cobertura vacinal devem começar imunização em crianças.

A Organização Panamericana da Saúde, Opas, divulgou nesta quarta-feira (26/01/2022) que os casos de Covid-19 dispararam em toda a região das Américas na última semana.

A diretora da agência, Carissa Etienne, destacou que, apenas no Brasil, os casos quase triplicaram, subindo em 193% em relação à semana anterior, com 477 mil novas infecções.

Aumento generalizado

O país não está isolado no aumento de transmissão do coronavírus. Paraguai e Guianas acompanham a tendência, com casos dobrando a cada dois dias. Já a Argentina registrou mais de 797 mil novos infectados.

Carissa Etienne afirmou que como os casos de Covid-19 estão crescendo mais ativamente e mais rapidamente do que nunca, fica claro que a variante Ômicron se tornou a cepa predominante na região.

América do Norte, Central e Caribe também observaram o aumento de infecções. Os Estados Unidos concentram a maioria dos novos casos da região, embora os números tenham começado a cair.

Haiti e Martinica, países com a taxa de cobertura vacinal mais baixa da região, continuam a relatar aumentos significativos de transmissão.

Testagem

Para a diretora da Opas, é fundamental que os países sigam monitorando e gerando dados sobre a progressão do vírus para orientar as decisões.

Ela adicionou que as informações são cada vez mais necessárias para entender o impacto da doença nos diferentes grupos de idade, de gênero e de localização.

Segundo Carissa Etienne, apenas assim será possível equipar municípios e distritos locais com as ferramentas necessárias para gerenciar riscos e orientar suas populações durante esse período.

A representante explicou ainda que os dados também são essenciais para ajudar os países a identificar lacunas e direcionar recursos para garantir que as pessoas com maior risco de doença grave por Covid-19 sejam protegidas primeiro.

Crianças

Ao destacar a vulnerabilidade das crianças durante a pandemia, a diretora da Opas afirmou que o afastamento das salas de aula causou outros impactos na vida dos menores.

Para ela, além dos riscos para a saúde mental, muitos estudantes dependem das instituições de ensino para fazerem refeições diárias.

Outro aspecto importante é que muitas crianças não tiveram acompanhamento médico nos últimos dois anos. Isso impactou no número de crianças não imunizadas para outras doenças, algumas que já estavam controladas.

Ela citou o surto de sarampo no Brasil e o aumento na transmissão de difteria no Haiti e a República Dominicana.

Vacinas para crianças

Além de estimular que o calendário de vacinação para crianças siga acontecendo e mantenha as evoluções das últimas décadas, Carissa Etienne afirmou que os países das Américas que já ultrapassaram a meta de vacinar 70% de sua população adulta, devem ampliar a imunização às crianças.

Nesses países, onde grupos vulneráveis já foram protegidos e onde suprimentos adicionais de vacina estão disponíveis, os benefícios de vacinar crianças para reduzir ainda mais a transmissão do vírus devem ser considerados.

A diretora da Opas lembrou que muitos países já autorizaram e estão administrando com segurança vacinas contra a Covid-19 em adolescentes.

Semana passada, o grupo de especialistas em imunização da OMS autorizou a vacina da Pfizer para crianças entre 5 e 12 anos, oferecendo recomendações para os países que estão iniciando a campanha para os menores.

*Com informações da ONU News.


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