Inflação registrada em janeiro de 2022 na Região Metropolitana de Salvador é a 3ª mais alta do país e maior para o mês desde 2016

IPCA da RM Salvador desacelerou pelo segundo mês consecutivo, mas, ainda assim, foi o maior para um mês de janeiro nos últimos 6 anos.
IPCA da RM Salvador desacelerou pelo segundo mês consecutivo, mas, ainda assim, foi o maior para um mês de janeiro nos últimos 6 anos.

Em janeiro de 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, ficou em 0,86% na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Apesar de ter apresentado a segunda desaceleração seguida (havia sido de 1,42% em novembro e 1,04% em dezembro), o índice representou a maior inflação para um mês de janeiro em 6 anos – desde 2016, quando havia ficado em 1,69%.

Nacionalmente, a Região Metropolitana de Salvador também teve destaque, ficando com a 3ª inflação mais elevada dentre as 16 áreas pesquisadas separadamente pelo IBGE – menor apenas do que a verificada nos municípios de Aracaju/SE (0,90%) e Rio Branco/AC (0,87%).

No Brasil como um todo, o IPCA desacelerou em janeiro, para 0,54%. Ainda assim, foi a maior inflação para o mês desde 2016. Dentre as 16 áreas, apenas a RM Porto Alegre/RS teve deflação (-0,53%).

Nos 12 meses encerrados em janeiro, a inflação na RM Salvador seguiu acelerando e ficou em 11,44%, frente a 10,78% até dezembro. No Brasil como um todo, o IPCA acumula alta de 10,38% nos 12 meses encerrados em janeiro, com 13 das 16 áreas apresentando inflação igual ou maior que 10,00%.

O quadro a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês e nos 12 meses encerrados em janeiro de 2022.

Preços dos alimentos (1,14%) puxam inflação da RMS em janeiro; porém o condomínio (3,15%) foi o item que mais impactou índice

Em janeiro, a inflação oficial na Região Metropolitana de Salvador (0,86%) foi resultado de aumentos nos preços médios em todos os nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.

O grupo alimentação e bebidas (1,14%) foi a principal pressão de alta no custo de vida dos moradores da RMS em janeiro, puxado principalmente pela alimentação no domicílio (1,23%). Os grandes “vilões” do grupo foram os tubérculos, raízes e legumes (11,23%), em especial o tomate (18,56%), que foi o item com o maior aumento absoluto do mês e com o 2º maior peso no aumento da inflação na região.

Porém, de todos os itens que compõem o IPCA na RMS, o condomínio (3,15%), que está dentro do grupo habitação (0,68%), foi o que mais impactou no aumento da inflação.

Os grupos artigos de residência (2,90%) e vestuário (2,69%) foram os que apresentaram os maiores aumentos absolutos. A alta do primeiro, foi puxada pelos aumentos nos preços dos eletrodomésticos e equipamentos (4,01%), em especial do refrigerador (5,71%). Já o grupo vestuário teve seu índice impulsionado pelo aumento do valor das roupas (3,23%), principalmente da camisa/camiseta masculina (3,53%).

Por outro lado, de todos os itens, o transporte por aplicativo (-13,43%) foi o que apresentou a maior queda absoluta, sendo o que mais ajudou a segurar a inflação de janeiro na RMS.

Apesar de o grupo transportes ter apresentado alta (0,58%), os combustíveis (-0,20%), que exerceram a maior pressão inflacionária na RMS em 2021, apresentaram queda em janeiro, especialmente o etanol (-2,62%) e a gasolina (-0,12%).

Na RM Salvador, INPC foi de 0,91% em janeiro, também o 3º maior do país

Na Região Metropolitana de Salvador, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias com menores rendimentos (até 5 salários mínimos), ficou em 0,91% em janeiro, apresentando desaceleração em relação a dezembro (1,18%), porém ficando acima do IPCA (0,86%).

O índice foi superior ao registrado no país como um todo (0,67%), sendo o 3º maior resultado entre as áreas pesquisadas no mês, inferior apenas ao município de Aracaju/SE (0,96%) e à Região Metropolitana de Belo Horizonte/MG (0,93%).

Nos 12 meses encerrados em janeiro, o INPC acumula alta de 11,77% na RM Salvador. No Brasil como um todo, o índice é de 10,60%.


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