O ensino básico privado no Brasil registrou uma queda histórica entre 2019 para 2020, já sob os impactos da pandemia. As matrículas dos alunos do ensino básico dessa rede caíram de 9.134.785 para 8.791.186 alunos, representando a redução de 343.599 (3,76% de retração). No Nordeste, o decréscimo foi 145.904, sendo o maior entre todas as localidades do país. No Norte, a diminuição foi de 25.138 alunos, no Sudeste foi de 107.502 alunos, no Sul de 40.033 alunos e no Centro Oeste, de 25.022 estudantes.
Já entre os estados, o Rio de Janeiro registrou a maior queda entre todos eles com redução de 62.110 alunos, seguido por São Paulo com redução de 30.465 alunos e Ceará com queda de 25.603 alunos. Apenas o Espírito Santo apresentou crescimento de 823 alunos. Os menos afetados foram Mato Grosso do Sul com queda 669 alunos e Amapá com queda de 825 alunos.
“Os dados mostraram que o Brasil demorou cinco anos para crescer 44 mil estudantes e em apenas um (2020) o setor perdeu 343 mil alunos. Essa expressiva retração foi motivada pela redução do poder aquisitivo da maioria das famílias brasileiras. Muitos alunos migraram da rede privada para a rede pública, sendo que os pais estão esperando a retomada da economia para reavaliarem o retorno dos filhos. Outro aspecto foi a redução de alunos na creche e pré escola de forma muito expressiva. Muitos pais tiraram os filhos da escola pois puderam acompanhá-los em casa por estarem trabalhando home office e também pela pouca efetividade das aulas online para criança de três a cinco anos”, analisa o sócio da KPMG líder do setor de educação, Marcos Boscolo.
Segundo ele, ensino básico privado no Brasil havia tido um crescimento entre 2014 e 2019 passando de 9.090.781 alunos para 9.134.785 alunos.
“Os dados deste ano ainda não estão disponíveis, mas a expectativa é que haja uma nova retração nas matrículas do ensino básico privado e não tão expressiva quanto a de 2020. Isso porque algumas empresas já estão retomando as atividades presenciais e determinados setores da economia começaram a apresentar sinais de recuperação. A estimativa é que a redução das matrículas do ensino básico privado no Brasil seja este de 90 mil a 120 mil alunos. Isso vai requerer das escolas planejamento, criatividade, capacidade de negociação e redução de custos para contrapor a queda de receita”, finaliza.
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