Produção industrial da Bahia fecha 2021 com maior queda do país e recorde em 18 anos, diz IBGE

Apesar da alta de novembro para dezembro (2,0%), a produção industrial na Bahia encerrou o ano de 2021 ainda bem menor do que antes do início da pandemia, num patamar 18,5% abaixo do verificado em fevereiro de 2020. O resultado acumulado em 2021 frente a 2020 (-13,2%) foi o 3º recuo anual consecutivo e a retração mais intensa da produção industrial no estado em toda a nova série histórica da PIM-PF Regional, iniciada em 2003. Foi ainda o pior resultado entre os 15 locais investigados e bem abaixo do nacional (3,9%). Com quedas recordes, fabricação de veículos (-94,9%) e de derivados de petróleo (-18,1%) puxaram recuo da produção industrial baiana em 2021. O resultado da indústria do estado no ano passado não foi pior porque 6 segmentos apresentaram avanços de produção, liderados por preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (31,2%).
Apesar da alta de novembro para dezembro (2,0%), a produção industrial na Bahia encerrou o ano de 2021 ainda bem menor do que antes do início da pandemia, num patamar 18,5% abaixo do verificado em fevereiro de 2020.

Em dezembro de 2021, a produção industrial da Bahia, descontados os efeitos sazonais, voltou a apresentar resultado positivo na comparação com o mês imediatamente anterior e cresceu 2,0%. A alta veio após um recuo de 1,7% entre outubro e novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Embora tenha sido um desempenho abaixo do nacional (houve alta de 2,9% no Brasil como um todo nessa comparação), acompanhou os crescimentos registrados em 10 das 15 áreas investigadas pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) Regional, do IBGE.

Com esse resultado, a produção industrial baiana encerrou o ano de 2021 ainda bem menor do que antes do início da pandemia da Covid-19, operando num patamar 18,5% abaixo do verificado em fevereiro de 2020. Também aprofundou essa distância frente ao registrado no ano passado: em dezembro de 2020, a produção industrial baiana estava 9,2% abaixo do patamar de fevereiro/20.

Apesar do avanço na passagem de novembro para dezembro/21, no confronto com dezembro de 2020 a produção industrial baiana teve nova queda (-10,5%), completando 12 meses de recuos consecutivos frente ao ano anterior.

Nesse confronto, o desempenho da indústria da Bahia ficou bastante aquém do nacional (a produção industrial brasileira caiu 5,9% em dezembro 21/ dezembro 20) e foi o 3o pior resultado entre os 15 locais. Ficou acima apenas do verificado no Ceará (-20,9%) e na região Nordeste como um todo (-10,9%).

Assim, a indústria da Bahia fechou 2021 com uma nova queda de produção (-13,2%) em relação ao ano anterior – o terceiro recuo anual consecutivo. Foi a retração mais intensa da produção industrial no estado em toda a nova série histórica da PIM-PF Regional, iniciada em 2003 para esse indicador, e o pior resultado entre os 15 locais investigados.

Desde 2014 (-2,6%), a produção industrial da Bahia mostrou quedas praticamente ininterruptas, com alta apenas em 2018 (0,8%);

No ano passado, a indústria brasileira cresceu 3,9% e teve resultados positivos em 10 dos 15 locais investigados pelo IBGE. Os maiores aumentos ocorreram em Santa Catarina (10,3%), Minas Gerais (9,8%) e Paraná (9,0%).

Os resultados da produção industrial de dezembro e do ano de 2021, para o Brasil e as áreas pesquisadas separadamente.

Com quedas recordes, fabricação de veículos (-94,9%) e de derivados de petróleo (-18,1%) puxaram recuo da produção industrial baiana em 2021

Em 2021 o recuo (-13,2%) na produção industrial baiana, frente ao ano anterior, foi resultado do desempenho negativo da indústria de transformação (-14,3%), uma vez que a indústria extrativa apresentou crescimento de 7,3%.

Das 11 atividades da transformação investigadas em separado no estado, 5 viram sua produção cair no ano passado, puxadas fortemente pela fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, que teve sua produção praticamente zerada e mostrou queda de 94,9% frente a 2020.

O segmento de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis, que tem o maior peso na estrutura industrial da Bahia, apresentou o segundo maior recuo anual (-18,1%) e teve a segunda maior contribuição para resultado negativo em geral do setor no estado.

Ambas as atividades tiveram em 2021 seus piores resultados anuais desde o início da nova série histórica da PIM-PF Regional, em 2003.

Dentre as seis atividades industriais que fecharam 2021 em alta, na Bahia, o principal destaque foi para preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, que teve o maior crescimento da produção (31,2%) e liderou as contribuições positivas. Foi o melhor resultado anual dessa atividade em toda a série histórica.

A segunda contribuição positiva mais importante veio do segmento de outros produtos químicos, cuja produção cresceu 4,7%, mostrando a segunda alta anual consecutiva.


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