O sujeito árcade, aquele que carrega consigo múltiplas identidades e está a todo momento buscando praticidades em meio às diversas tarefas do dia a dia, visando ganhar tempo, para sentir-se vivo, ter capital e autoestima elevada, é o tema da peça teatral “Árcade”. A montagem solo, protagonizada pelo autor, roteirista e diretor premiado Daniel Arcades, é um passeio poético pelas diversas visões acerca do tempo na contemporaneidade e da busca incessante pela ideia de que a vida deve ser cada vez mais prática para não perdemos tempo. A apresentação acontecerá neste sábado, 7 de maio, no Centro Cultura SESC de Feira de Santana, às 18:30.
“O público deve esperar uma peça solo que trará o tempo e a natureza como elementos da angustiante sociedade contemporânea em meio a redescoberta do espírito árcade. Lançaremos um olhar sobre alguns princípios e dilemas do sujeito árcade, aquele que idealiza o campo como um espaço de liberdade e de real ligação com elementos da natureza”, conta o dramaturgo Daniel Arcades.
A vida poética e árcade foi, pouco a pouco, perdendo espaço para um estilo de vida cada vez mais veloz e conectado, onde todas as coisas tornam-se urgentes, resultando em ansiedades, síndromes de pânico, síndromes do impostor etc. elementos que já estamos familiarizados e que serão, minuciosamente, levados aos olhos da plateia. Será, então, um solo sobre o tempo contemporâneo, colocando em pauta todas as suas aflições e o tempo desejado, aquele que sentimos estar cada vez mais longe do nosso alcance, e cuja volta ao árcade é o caminho de tijolos dourados para torná-lo possível?
Com esse arcabouço, somando a um corpo em cena nascido no interior baiano, o espetáculo se conecta ao sensorial, à valorização da poesia da palavra, do corpo e num respeito à uma lógica que parece perder-se a cada passo dado da humanidade.
Com 12 poemas inéditos do próprio ator e intervenções de canções e poesias conhecidas do cenário literário, o público feirense poderá se divertir, se emocionar e contemplar reflexões, pensamentos e expressões referentes à relação da humanidade com o tempo.
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