Num encontro do Conselho de Segurança com foco na tecnologia e conflito, a subsecretária-geral da ONU para Assuntos Políticos e de Consolidação da Paz alertou sobre os riscos de aplicativos e tecnologia, usados por grupos não-estatais para espalhar violência e terror.
Rosemary DiCarlo declarou que esse perigo deve ser mitigado e todos, incluindo os Estados, “incentivados a usar essas tecnologias com responsabilidade.”
Riscos
Ela explicou que as oportunidades oferecidas pelas tecnologias digitais para promover a paz devem ser aproveitadas, mas recomenda que se mitiguem os riscos dessas tecnologias promovendo um uso responsável.
Na reunião do Conselho, a subsecretária-geral contou que o número de incidentes devido ao “uso malicioso de tecnologias digitais para fins políticos ou militares, patrocinados por Estados ou não, quase quadruplicou desde 2015”.
DiCarlo citou a preocupação específica com a atividade direcionada à infraestrutura de agências de saúde e humanitárias.
Outro fator preocupante é o uso, por atores mal-intencionados, de tecnologias digitais de baixo custo para alcançar seus objetivos.
Partilha de dados
Nesse aspecto, ela mencionou casos do Estado Islâmico do Iraque do Levante, Isil, ou Daesh, e da al-Qaeda.
DiCarlo afirmou que os grupos seguem ativos nas mídias sociais, usando plataformas e aplicativos de mensagens para compartilhar informações e se comunicar com seguidores para fins de recrutamento, planejamento e arrecadação de fundos.
Um outro aspecto são os perigos aos direitos humanos “que podem surgir do uso de tecnologias digitais com base em inteligência artificial para atingir comunidades ou indivíduos”.
Enquanto isso, armas autônomas letais levantam questões sobre a responsabilidade humana pelo uso da força, segundo uma base de dados de uma parceria entre o Conselho de Relações Exteriores e as Nações Unidas.
Reiterando o apelo do secretário-geral da ONU, DiCarlo sublinhou que o uso de máquinas potentes e sem restrições quando se trata de tirar vidas sem envolvimento humano é politicamente inaceitável, moralmente repugnante e deve ser proibido por lei internacional.
*Com informações da ONU News.
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