Docentes e egressos da Universidade de Fortaleza explicam como a Liberdade de Imprensa é um dos pilares da sociedade democrática

Dia Nacional da Liberdade de Imprensa é comemorado dia 7 de junho

Os veículos de comunicação exercem papel importante perante a sociedade. Seja prestando serviço à população ou denunciando irregularidades, o jornalismo funciona como uma forma de esclarecer os fatos que afetam diretamente a coletividade. Para assegurar que os jornalistas possam informar de forma livre e, sobretudo, sem censura, foi criado o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, comemorado dia 7 de junho.

“É por meio da imprensa que a população se informa verdadeiramente, sem nenhum tipo de censura. É papel do jornalista informar, formar, educar, conscientizar e ajudar a desenvolver senso crítico, por meio de uma contextualização dos fatos, para que a sociedade tire suas próprias conclusões. Por isso, a liberdade de poder dizer a verdade é tão fundamental no jornalismo”, defende Kátia Patrocínio, jornalista e professora do curso de Jornalismo da Universidade de Fortaleza, instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz.

Há 17 anos como professora de Jornalismo da Unifor, Kátia Patrocínio tem a missão de formar outros jornalistas . Ela explica que a liberdade de imprensa é um dos pilares da sociedade, assegurada no art. 5° da Constituição Brasileira, entre os direitos e garantias fundamentais, conforme lembra Marcelo Uchôa, advogado e professor de Direito da Unifor. De acordo com ele, uma sociedade só é livre quando pode se informar, se expressar e se manifestar sem privações.

“A imprensa exerce um papel permanente de informação social e de vigilância. Quando exercido com ética, zelo e profissionalismo o poder de imprensa se converte num bastião imperioso de defesa da sociedade, não sendo por acaso que a liberdade de imprensa goza de proteção jurídica reforçada no Brasil”, destaca Marcelo.

Reverberar a voz dos cidadãos também é uma das tarefas do jornalismo em uma sociedade democrática. Kátia, por exemplo, atuou em várias linhas de frente durante a carreira, inclusive em rádios comunitárias na Capital cearense, exercendo papel fundamental na busca pela comunicação pública informando as demandas das comunidades. “Nossa sociedade tem várias formas de comunicar, e a comunicação na periferia também deve ser levada a sério já que está tão próxima da comunidade”, pontua a jornalista.

“O jornalismo é uma profissão com uma responsabilidade imensa, acredito que podemos verdadeiramente fazer a diferença para o bem quando trabalhamos com ética. Sempre digo para quem quer fazer jornalismo: ‘não pense apenas no glamour, mas na responsabilidade que nós temos com a sociedade, porque a sociedade confia em nós e espera certa lealdade, por isso devemos atuar com sensibilidade’”, conclui a professora.

Em ação

“Nos últimos anos, passamos por uma crise de credibilidade e ataques contra setores da imprensa e jornalistas viraram constantes. As ações orquestradas estão cada dia mais violentas e tentam minar o trabalho sério de jornalistas e de empresas de comunicação, sejam grandes veículos ou os independentes. Por esses e outros motivos, o nosso papel, como jornalistas, é continuar fazendo um trabalho cada dia melhor, mais cuidadoso e mais profundo. É preciso lembrar sempre que nossa missão é muito importante para a manutenção da democracia, por isso precisamos estar em constante vigilância com a qualidade do nosso trabalho para podermos continuar levando informação de qualidade e com credibilidade para a sociedade”, diz Emerson Rodrigues, egresso da Unifor, jornalista e atualmente editor de Segurança do Diário do Nordeste.

“Sem liberdade de imprensa não há democracia. Essa é uma das frases mais fortes que aprendi durante a Universidade e faz total sentido teórico e prático. A informação de qualidade tem um poder de salvar vidas. É só ver o triunfo da ação dos veículos de comunicação ao terem feito o consórcio para falar sobre os dados reais da Covid-19, uma vez que o Governo Federal quis omitir ou até manipular os dados. É crucial o papel da comunicação para todos os ramos da nossa vida. Desde o preço do litro do combustível até uma doença nova que chega. A imprensa tem um papel fundamental de responsabilidade social. É nisso que mais acredito quando faço jornalismo”, Priscila Baima, egressa da Unifor, repórter e analista de marketing político.

“No ambiente digital ficamos expostos, porque é literalmente nossa cara, no entanto, temos um papel importante de ouvir os dois lados: os fatos e o público. No dia a dia observamos o que a sociedade comenta, o que nos coloca em uma posição de mostrar, sempre que possível, os dois lados para quem está de fora, para que o leitor possa formar opinião e senso crítico. Por isso, precisamos ter liberdade para informar e estimular a consciência da sociedade”, diz Melissa Carvalho, jornalista e assistente de mídia do jornal O Povo.

*Com informações da Universidade de Fortaleza.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.