Taurino Araújo é Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad del Museo Social Argentino (Buenos Aires, 2017), atua como advogado, formado em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC, Ilhéus/ltabuna, 1993), é especialista em Planejamento do Ensino Superior pela Universidade Salgado de Oliveira (Rio de Janeiro, 2002) e em gestão de pessoas, carreira, liderança e coaching pela Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS, 2021).
Ele também atua como professor universitário, com experiência em ensino e pesquisa nas áreas de Ensino Jurídico, Religação de Saberes, Teoria Geral do Direito, Hermenêutica, Transpessoalidade, Pensamento Sistêmico, Criminologia, História, Filosofia, Antropologia Jurídica, Ética na Comunicação e Campos Interdisciplinares.
Profissional com extensa experiência em causas jurídicas de elevada complexidade, Taurino Araújo participou de julgamentos no Tribunal do Júri e em Tribunais Superiores (STF, STJ, TST, STM e TSE) através das especialidades em Direito Bancário, Direito Penal, Penal Tributário, Civil, Administrativo, Eleitoral, Trabalhista, Imobiliário e Relações de Consumo, aliando ao cotidiano da prática jurídica a teorização de sua vasta e diversificada experiência acadêmica.
O trabalho do advogado foi reconhecido pelo Estado com a outorga da Comenda de Cidadão Benemérito da Liberdade e da Justiça Social João Mangabeira (CBJM, 2013) pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA).
Uma Teoria Geral do Direito
Orientando de Federico Gabriel Polak, personalidade argentina, porta-voz do Governo do presidente Raul Alfonsin e ex-presidente de Boca Juniors, Taurino Araújo desenvolveu a tese que resultou na obra ‘Hermenêutica da Desigualdade: Uma Introdução às Ciências Jurídicas e também Sociais’. O livro propõe uma nova Teoria Geral do Direito ao inserir a desigualdade entre os conceitos jurídicos fundamentais.
A obra do professor é fundamentada na longa experiência didática do autor no ensino de disciplinas propedêuticas e preenche importante lacuna no cenário mundial do conhecimento.
A teoria permite uma visão sobre a Hermenêutica, Filosofia, Sociologia, Economia, História, Antropologia, Semiótica e Direito, tendo como enfoque o problema da desigualdade.
Desde o preliminar metodológico Taurino Araújo revela, aprofunda e articula, em poucas páginas, tanto o percurso quanto o abrangente conteúdo da pesquisa constituindo agradável, inédita e articulada Introdução às Ciências Jurídicas e (também) Sociais.
A obra, portanto, é de evidente interesse não só para especialistas, mas para todos os que se iniciam em estudos sobre ciência, filosofia, comunicação e realidade, e também para pesquisadores e professores em temas afins.
Concebida como saber anistórico e de cunho global, está hermenêutica da desigualdade destina-se à inclusão de cada sujeito em face da consideração total de sua diferença para o usufruto pleno do direito e da cidadania. Além de instrumento de trabalho universitário, essa discussão interessa ao Governo, Negócios, Educação, Política, Saúde e Terceiro Setor. Excelente e bem resumido panorama sobre seis mil anos de história, ação, articulação e pensamento universais, avalia Agenor Sampaio Neto, Catedrático de Teoria do Direito e Hermenêutica da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Do ponto de vista da criatividade, Taurino Araújo é o que se pode ser qualificado como Big C, ou seja, um sujeito reverenciado pela contribuição criativa de alto impacto em 19 áreas do conhecimento e a obra desenvolvida é avaliada como uma epistemologia genuinamente brasileira.
O que propõe a Hermenêutica da Desigualdade?
A Hermenêutica da Desigualdade é uma teoria mundial do Direito e das Ciências Sociais, criada por Taurino Araújo, que considera a desigualdade conceito fundamental para a solução de problemas com utilização ampliada aos negócios, saúde, governo, educação, terapias, pedagogia e terceiro setor a partir dos variados âmbitos da Hermenêutica em geral, da Filosofia, Sociologia, Economia, História, Cibernética, Antropologia, Semiótica e do Direito.
Ela é um saber elaborado para que a análise das sentenças judiciais e dos processos sociais, individuais e criativos parta do mapeamento o mais abrangente possível da realidade; depois, formule respostas provisórias com base na “lei” e no conhecimento; a seguir, formule perguntas apropriadas em face das respostas provisórias e, por último, estabeleça respostas definitivas dentro da aplicação de uma “lei” específica, tendo em vista realidade-dogmática-zetética-dogmática.
Confira entrevista de Taurino Araújo ao site Bahia Municípios
— Como o cidadão Taurino Araújo avalia seu trabalho como advogado, professor e ensaísta Taurino Araújo?
Taurino Araújo – Tenho sido alvo do mais expressivo reconhecimento público nos meios políticos, econômicos, ideológicos. Dei uma sorte enorme em sempre combinar pensamento, sentimento e ação. Essa estratégia amplia a compreensão do mundo e, vestindo essa compreensão, muita coisa se tornou possível, inclusive, circular com desenvoltura entre o logos e o mito. “Tema para doutorado e para samba-enredo” conforme pontua o Agenor (professor Agenor Sampaio Neto). Para mim é muito gratificante ser bem avaliado tão amplamente mesmo em face de um fazer que, a priori, não teria qualquer impacto público.
— O que o conduziu à carreira jurídica?
Taurino Araújo – Eu nasci em Jequié, mas venho da pequena Ubatã. Prestei o vestibular para Direito por absoluta falta de opção. Fiquei em 14º lugar. Hoje, acredito que isso tenha sido uma grande bênção, pois o Direito é uma enciclopédia e o estudo dele fez desabrochar um potencial para compreender a vida nos mais diversos aspectos e me firmar como pensador. Dificilmente outra formação me permitiria isso.
— Como surgiu o desejo de ser professor?
Taurino Araújo – Desde pequeno, acumulei muito conhecimento e a isso se somou uma predisposição para compartilhar com o maior número de pessoas. Meu pai foi muito provocativo ao me perguntar desde cedo “o que você acha de tudo isso” e, recentemente, disse: “Taurino já nasceu grande”! Aliás, ensinar é o caminho que o professor encontrou para aprender, como diria Álvaro Vieira Pinto.
— Onde busca inspiração para os seus ensaios jurídicos e acadêmicos?
Taurino Araújo – A vida é a minha grande fonte de aplicação. Sou muito prático em relação a tudo que aprendo: tem de fazer sentido para mim e para os outros, o que inclui 7 bilhões de pessoas, 15 milhões de baianos (risos).
— Que sugestões o senhor daria para os novos advogados e professores?
Taurino Araújo – No final das contas, será necessário reunir segurança material e a possibilidade de realizar os verdadeiros sonhos, sendo flexíveis: plano B e C tão bons ou melhores ainda que o plano A, quero dizer, satisfatórios em mais que 90%. A sugestão é tentar combinar segurança com a realização de sonho, senão a vida perde o sentido. Em outras palavras, é necessário sair do lugar comum tanto por sobrevivência quanto por qualidade de vida e perspectiva de viver com propósito, feliz e produzindo resultados que valham a pena. Isso vale para qualquer pessoa. Ela tem de dar um jeito para fazer o máximo possível do que ela quer fazer, os outros querem adquirir e ela sabe fazer muito bem, combinando grandes desafios e grandes habilidades, para que o fluxo da vida seja o melhor possível.
— A que o senhor atribui o sucesso de seus escritos?
Taurino Araújo – À nítida sintonia com a vida e à provocação de prazer estético, com a produção de sentidos relevantes para diversos auditórios. A Hermenêutica da Desigualdade, por exemplo, É uma epistemologia genuinamente brasileira afora a verdade absoluta, conforme postula Pedro Lino de Carvalho Júnior, Doutor em Filosofia pela UFBA. Se assim é, trata-se de constructo conforme sonhou a Semana de Arte Moderna, em sua tensão por consagrar o canônico brasileiro e ao mesmo tempo ser o anticanônico da ruptura, abrangente de pelo menos 19 áreas conhecimento. De algum modo, chega a ser uma ode à Civilização Brasileira. E eu fico contente com isso, com a grande recepção que a minha obra vem recebendo em nível mundial.
— Atualmente, o senhor está desenvolvendo algum projeto?
Isso eu não conto. A superstição mais generalizada do mundo é que antecipar projetos atrapalha ou posterga a realização. Há coisas inconvenientes como inveja, intriga, ciúme e torcida contra. Antecipo, apenas, que tenho planos A, B e C tão bons ou melhores que o primeiro e estou às ordens do Brasil, da Bahia e do mundo.
Leia +
Humanismos diferentes em Taurino Araújo e Lévi-Strauss | Por Camilo de Lélis Leite Matos
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