Uma rede secreta de espiões e forças especiais de comando dos Estados Unidos e de seus aliados está ajudando a Ucrânia, inclusive fornecendo serviços de inteligência, informou o jornal americano The New York Times, neste sábado (25/06/2022).
De acordo com a publicação, dezenas de comandos de vários países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), como Reino Unido, França, Canadá e Lituânia, têm trabalhado em território ucraniano, auxiliando o Governo Zelensky contra a Rússia.
Com base em informações de autoridades americanas e europeias, o jornal afirma que as tropas ucranianas dependem da ajuda dos EUA e de seus aliados, com uma “rede oculta de comandos e espiões”, que fornecem armas, inteligência e treinamento.
Segundo o NYT, a maior parte do trabalho é realizado fora da Ucrânia, por exemplo, em bases na Alemanha, na França e no Reino Unido.
A Rússia iniciou a operação militar especial, em 24 de fevereiro, com o objetivo de “desmilitarizar” e “desnazificar” a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.
A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia.
Em diversas ocasiões, as Forças Armadas da Rússia já acusaram militares ucranianos de usar “métodos terroristas” nos combates, como fazer civis de “escudo humano” e se alojar em construções não militares.
Antes mesmo da operação, o Ocidente iniciou a aplicação de sanções contra Moscou, intensificando as ações antirrussas após a entrada na Ucrânia. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e a suas exportações de petróleo, gás, aço e ferro.
Além disso, a União Europeia censurou o acesso ao RT e à Sputnik em seu território. YouTube, Facebook, Instagram e Twitter também restringiram o acesso a páginas e links de mídias estatais russas. No caso do YouTube, todas essas mídias foram banidas da plataforma.
Muitos países europeus estão em ‘guerra direta’ contra a Rússia, diz presidente da Sérvia
O chefe de Estado sérvio falou sobre a Rússia e a União Europeia, sublinhando que Belgrado deve procurar novas fontes de fornecimento de petróleo devido às restrições contra o hidrocarboneto russo.
Muitos países da União Europeia (UE) estão em “guerra direta” contra a Rússia em relação ao conflito na Ucrânia, afirmou no sábado (25) Aleksandar Vucic, presidente da Sérvia.
“Eles enviam obuseiros, aviões, [sistemas antiaéreos] S-300 para a Ucrânia, e como pensam que vão nos tratar? Nossa posição é extremamente complicada”, disse Vucic, citado pela emissora RTRS.
Ele revelou que na cúpula entre os líderes da UE e dos Balcãs Ocidentais nesta semana, 16 dos 27 chefes de Estado da UE instaram Belgrado, “direta ou indiretamente”, a aderir às sanções antirrussas. Vucic disse estar ciente do “quão zangados estão muitos” dos líderes europeus com a posição da Sérvia, apesar de a última ter imposto várias sanções antirrussas.
O presidente da Sérvia admitiu que o país deve procurar alternativas ao petróleo russo porque “duas grandes empresas [na Sérvia] não importam” petróleo bruto, e apenas a Indústria Petrolífera da Sérvia (NIS, na sigla em sérvio), que é na sua maioria propriedade da empresa estatal russa Gazprom, está funcionando, o que significa que alguns produtores não querem cooperar com ela.
“O petróleo só pode vir até nós através do oleoduto do Adriático, já que eles estão começando a nos chantagear também pelo petróleo iraquiano de Kirkuk”, lamentou Aleksandar Vucic, citado pelo jornal Blic.
Sobre o gás, o chefe de Estado garantiu que a Sérvia terá 400 milhões de metros cúbicos de gás em reserva até 1º de setembro.
Apesar de tudo, o presidente sérvio garantiu que o país manteria suas aspirações de adesão à UE, dizendo que “deveria haver uma abordagem racional e pragmática da política que levasse em conta os [diferentes] interesses”.
“Se não entenderem como a UE é importante e necessária, não posso mudar isso”, acrescentou ele, lembrando que há entre 300.000 e 500.000 trabalhadores na Sérvia que dependem direta e indiretamente de empresas estrangeiras, a maioria delas da UE.
*Com informações da Sputnik Brasil.
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