Tiro pela culatra: EUA e Europa não esperavam sofrer consequências tão desastrosas por sanções à Rússia, diz jornal New York Times

Petróleo

Os EUA e os países europeus não contavam com a pressão econômica que as sanções impostas à Rússia estão provocando nas suas próprias economias.

De acordo com o jornal New York Times, a suspensão ou redução gradual das importações de petróleo russo nos EUA e Europa originou uma forte alta dos preços dos recursos energéticos.

Além disso, estão vendo a Rússia elevar suas receitas com a venda de petróleo e gás, não obstante as sanções.

A mídia norte-americana, citando Andrew Weiss, vice-presidente do Carnegie Endowment for International Peace, indica que as economias dos países ocidentais ficaram mais vulneráveis do que esperavam os seus governantes.

William Ruger, presidente do Instituto Americano de Pesquisa Econômica, afirmou que as sanções impostas pelo Ocidente acabaram sendo um “tiro no pé”.

Anteriormente, o presidente russo, Vladimir Putin, informou que as previsões sombrias para a economia russa não se tornaram realidade.

Mesmo com pressão do Ocidente, Rússia exporta mais petróleo do que antes da operação, diz NYT

Apesar do Governo Biden e aliados europeus tentarem reduzir com intensidade a economia russa, o Governo Putin arrecadou US$ 1,7 bilhão (R$ 8,8 bilhões) a mais no mês passado do que em abril de 2022 por sua venda do combustível.

A cooperação dos EUA e da UE contra Rússia e seu petróleo foi e está sendo uma das maiores parcerias dos últimos tempos na geopolítica, com duras sanções e medidas restritivas, o Ocidente esperava “espremer” economicamente Moscou, mas o que se observa é bem diferente.

De acordo com o The New York Times, China e Índia, os países mais populosos do mundo, investiram para comprar aproximadamente o mesmo volume de petróleo russo que teria ido para o Ocidente.

Os preços do petróleo estão tão altos que a Rússia está ganhando ainda mais dinheiro agora com as vendas do que antes do início da guerra, há quatro meses. E sua moeda outrora instável subiu de valor em relação ao dólar.

Em maio de 2022, as importações chinesas de petróleo russo aumentaram 28% em relação ao mês anterior, atingindo um recorde e ajudando a Rússia a ultrapassar a Arábia Saudita como o maior fornecedor da China, segundo estatísticas chinesas.

Já a Índia, que antes comprava pouco petróleo russo, agora está trazendo mais de 760.000 barris por dia, de acordo com dados de embarque analisados ​​pela Kpler, uma empresa de pesquisa de mercado.

De acordo com a Rystad Energy, uma empresa independente de pesquisa e análise de negócios citada pela mídia, as vendas de petróleo russo para a Europa caíram 554.000 barris por dia de março a maio, mas as refinarias asiáticas aumentaram sua produção em 503.000 barris por dia – quase uma substituição de um para um.

Embora a Rússia esteja vendendo o petróleo com um grande desconto por causa dos riscos associados às sanções impostas pela invasão da Ucrânia, os preços crescentes da energia compensaram. Moscou arrecadou US$ 1,7 bilhão (R$ 8,8 bilhões) a mais no mês passado do que em abril, segundo a Agência Internacional de Energia.

As compras da China em particular destacaram o apoio que Putin recebe de seu colega chinês, Xi Jinping, que prometeu aprofundar a cooperação com Moscou, conforme noticiado.

Entretanto, alguns apontam que o embargo de petróleo da Europa ainda não entrou em vigor, e dizem que os efeitos de longo prazo do ostracismo econômico da Rússia sobre a guerra continuam sendo um poderoso determinante do destino do país.

Contudo, somente neste mês, estimou o Ministério das Finanças da Rússia, os cofres do governo devem receber US$ 6 bilhões (R$ 31,3 bilhões) a mais em receita de petróleo e gás do que o previsto por causa dos altos preços.

*Com informações da Sputnik Brasil.


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