Organização Mundial da Saúde quer união para conter varíola dos macacos

Doença foi identificada pela primeira vez em símios e se dissemina principalmente através do contato próximo com um infectado.
Doença foi identificada pela primeira vez em símios e se dissemina principalmente através do contato próximo com um infectado.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, apresentou uma atualização da situação global sobre a varíola dos macacos, incluindo recomendações e disponibilidade da vacina para pessoas em maior risco.

Em relação à imunização, a agência da ONU destacou que um laboratório projeta alargar a produção do imunizante que já existe.

Planos

A líder do setor de varíola na OMS, Rosamund Lewis, disse a jornalistas, em Genebra, que apesar de haver alguma quantidade da vacina ao dispor, uma parte já pertence a países-membros. Há planos de colocar até 16,4 milhões de novas doses e alargar o estoque.

Rosamund Lewis explicou que existem diferentes estratégias sendo avaliadas para tal, que contemplam o aumento da capacidade e a potenciação da produção. Existe ainda interesse em definir que entidades podem produzir vacinas.

Ela disse que, neste momento, é mais indicado imunizar pessoas que já foram expostas ao vírus ou tiveram contato com alguém infectado. Mas lembrou que uma pessoa vacinada pode levar semanas para obter a resposta imune.

A especialista da OMS afirma que, apesar de se espalhar rapidamente, o surto da varíola dos macacos, declarado uma emergência de saúde pública internacional, ainda pode ser interrompido.

Estigma

Quando o nível de alerta foi elevado, havia pelo menos 16 mil casos confirmados em mais de 75 países. Cinco mortes ocorreram na África, mas Lewis destaca que o número real de afetados pode ser maior.

Para ela, ocorre a situação de países onde o comportamento sexual de homens que fazem sexo com homem não é aceito criando estigmas. Por isso, enfatizou ser preciso prevenir a discriminação e o medo que “podem prejudicar a resposta”.

A sugestão, para prevenção da doença, é adaptá-la a cada local específico por haver regiões onde predominam casos em mulheres ou crianças. Esta realidade evidencia que o meio de transmissão é diferente. Até 90 menores estão afetados e estes podem ter tido contato com outros pacientes.

Europa

Após alertar que qualquer pessoa pode estar em risco após proximidade com alguém infectado ou diagnosticado, ela ressaltou que o nível de contágio continua alto na Europa e moderado no resto do mundo.

Lewis destacou que ainda se acredita em debelar a varíola neste momento, “com as estratégias certas nos grupos certos”. Mas alertou que o tempo está passando e é necessário união para que isso aconteça.

Diante do nível mais alto de alerta, a OMS promove uma resposta internacional coordenada, mecanismos para desbloquear o financiamento, para o compartilhamento de vacinas e tratamentos.

Outro tema que vem sendo debatido é o novo nome para a varíola dos macacos. A doença foi identificada pela primeira vez em símios e se dissemina principalmente através do contato próximo com um infectado.

*Com informações da ONU News.


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