A revista National Interest afirmou que os EUA conseguiram evitar uma nova crise em Taiwan, mas preferiram ignorar os sinais claros da China.
Segundo a revista, a situação em torno de Taiwan foi agravada devido à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, que irritou profundamente Pequim.
Além disso, a mídia americana destaca que a visita de Pelosi não diz nada para a região da Ásia-Pacífico, bem como não tem qualquer significado para as relações entre China e EUA, ressaltando que não tem como entender o motivo desta visita e, se fosse para tornar a região mais segura, ela teve um efeito exatamente ao contrário.
Com esta medida, os EUA são mais do que culpados pela crise que deve se aprofundar na região, já que as tensões chegaram a um ponto máximo, com todos os lados enviando sinais de alerta.
A mídia ainda enfatiza que os norte-americanos precisam mudar sua estratégia e se concentrarem nos principais problemas, em vez de se envolverem em ações retóricas e de dissuasão.
A China considera Taiwan sua província e sempre se manifestou contra quaisquer contatos dos representantes de Taipé com funcionários incumbentes, especialmente de alto nível, ou com militares dos países com os quais Pequim mantém relações diplomáticas.
A China já declarou que tomará medidas decisivas para defender a sua soberania nacional e integridade territorial em resposta à visita de Pelosi a Taiwan. Segundo o embaixador chinês nas Nações Unidas Zhang Jun, “Taiwan é parte integrante da China”, sendo a questão da integridade territorial uma linha vermelha para Pequim.
Nancy Pelosi em Taiwan pode piorar relação entre EUA e China
A visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, na terça-feira (28/07/2022), foi acompanhada de perto pela comunidade internacional, visto a possível escalada de tensões na já conturbada relação entre Washington e Pequim.
Para o professor de Relações Internacionais da ESPM de Porto Alegre, RS, Roberto Uebel, a preocupação da comunidade internacional em torno da viagem de Pelosi à Taiwan não seria para menos, dado os avisos de represálias por parte da China, caso a viagem se concretizasse.
“No campo político e econômico, é provável que a China venha adotar algum tipo de sanção ou bloqueio econômico aos Estados Unidos como resposta”, diz o professor. No entanto, em sua avaliação, no atual cenário de interdependência entre os dois países, o grau dessas sanções precisará ser avaliado.
No âmbito doméstico, conforme o especialista ressalta, a visita de Polesi representa uma tentativa “personalista” em deixar a sua marca, neste que promete ser o último ano do seu mandato, e da sua liderança à frente do partido Democrata na Câmara.
“O partido Democrata tem pela frente as eleições de meio de mandato ou eleições intercalares, como é conhecida nos Estados Unidos, que no atual momento indicam a provável vitória do Partido Republicano, tanto na câmara como no senado”, analisa.
Para Uebel, essa é uma viagem de despedida e que tem como objetivo fortalecer, embora o cenário seja estranho, a imagem do governo de Biden. “Ou seja, há uma tentativa de recuperar os índices de aprovação de Biden no cenário doméstico”.
A aprovação do governo do democrata está abaixo de 50%, o que para o professor é resultado do baixo desempenho econômico do país e também do retorno da guerra da Ucrânia que não tem sido positivo, tanto para economia, como para a política norte-americana.
*Com informações da Sputnik Brasil.
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