Cidades da Ucrânia continuam impactadas pelos recentes ataques russos, diz secretário da ONU

Falta energia e água em diversas regiões; agências da ONU apoiam os afetados e aqueles que que perderam suas casas no conflito.
Falta energia e água em diversas regiões; agências da ONU apoiam os afetados e aqueles que que perderam suas casas no conflito.

Ataques aéreos e com mísseis continuam a impactar a energia e outras infraestruturas críticas na Ucrânia. A declaração foi do porta-voz do secretário-geral da ONU.

Falando a jornalistas na quarta-feira (19/10/2022), Stéphane Dujarric disse que os ataques resultaram em interrupções em massa no fornecimento de eletricidade e água dependente de energia em Kyiv, Mykolaiv, Zhytomyr, Kharkiv, Vinnytsia e outras cidades.

Ajuda Humanitária

O porta-voz ressaltou que a ONU e os parceiros humanitários continuam a apoiar as pessoas afetadas pela crise. A ajuda inclui o auxílio a reparos de moradias por meio de assistência em dinheiro ou material.

Em Zaporizhzhia, a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, fornecerá kits de abrigo de emergência para serem compartilhados com as comunidades que tiveram suas casas danificadas ou destruídas nos ataques de 10 e 17 de outubro.

Na terça-feira, o Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, entregou 12 geradores no leste de Kharhivska para garantir a continuidade dos serviços de saúde e bombeamento e tratamento de água em meio a ataques à infraestrutura.

No início desta semana, um comboio de agências da ONU chegou à cidade de Marhanets. O Programa Mundial de Alimentos, PMA, a Organização Internacional para as Migrações, OIM e o Unicef entregaram alimentos e outros itens para 5 mil pessoas.

Direitos das mulheres

Também nesta quarta-feira, a Comissão sobre a Eliminação da Discriminação a Mulheres, Cedaw, concluiu suas considerações sobre o nono relatório periódico da Ucrânia.

A especialista da Comissão e relatora nacional para a Ucrânia, Dalia Leinarte, elogiou o governo ucraniano pelas conquistas em igualdade de gênero que ocorreram nos últimos anos, incluindo a adoção de medidas jurídicas para combater a discriminação contra as mulheres.

Leinarte destacou a aprovação da Estratégia Estadual de Igualdade de Direitos e Oportunidades para Mulheres e Homens até 2030 e o estabelecimento de cotas de gênero obrigatórias para listas eleitorais nacionais e regionais, entre outras medidas.

Violência sexual como arma de guerra

A relatora perguntou sobre o julgamento de casos de estupro e violência sexual relacionada ao conflito. A delegação ucraniana respondeu que houve investigação coordenada pelo Ministério Público e confirmou que houve uso da violência sexual como arma nesta guerra.

Eles informaram que unidades móveis policiais especializadas foram criadas para identificar esses casos em territórios desocupados.

A ministra da Política Social da Ucrânia e chefe da delegação, Oksana Zholnovych, disse que desde o início do ano foram registrados 95 casos de tráfico de seres humanos. Ela disse ainda que devido ao êxodo em massa de mulheres e crianças que deixaram a Ucrânia, o risco de serem traficadas e exploradas sexualmente aumentou significativamente.

A 83ª sessão da Cedaw começou no dia 10 de outubro e vai até o dia 28, em Genebra. Todos os documentos relativos ao trabalho do Comissão, inclusive os relatórios apresentados pelos Estados Partes, podem ser encontrados na página da sessão.

*Com informações da ONU News.


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