“Eleições brasileiras terão impacto no mundo”, comenta deputadas europeias sobre resultados do 1° turno

Para deputada, o fato do partido de Jair Bolsonaro ter eleito a maior bancada do Congresso Nacional também não é uma surpresa.
Para deputada, o fato do partido de Jair Bolsonaro ter eleito a maior bancada do Congresso Nacional também não é uma surpresa.

A União Europeia (EU) normalmente não comenta o resultado de um 1º turno de uma eleição presidencial, mas a deputada do Partido Verde e vice-presidente para a delegação do Parlamento Europeu para o Brasil, Anna Cavazzini, parabenizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ja Éleonore Caroit, do partido macronista Renaissance, representante no Parlamento dos franceses que vivem na América Latina, acredita que o resultado das eleições brasileiras terá impacto “no continente e em todo o mundo”.

Em sua conta no Twitter, ela escreveu que o fato de Lula ter obtido milhões de votos a mais neste primeiro turno “dá esperança para o 2º turno no dia 30 de outubro”. Mesmo que, continua Cavazzini, “mais de 43% dos brasileiros tenham votado Bolsonaro, apesar de seu histórico de política devastadora e seu fascismo declarado”.

Cavazzini foi uma das responsáveis pela carta entregue, na semana passada, à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen e ao chefe da política externa do bloco, Josep Borell, pedindo monitoramento das eleições no Brasil.

Já Éleonore Caroit, do partido macronista Renaissance (Renascença, em português), representante no Parlamento dos franceses que vivem na América Latina, incluindo o Brasil, afirmou não estar surpresa com o resultado que aponta para um segundo turno.

“Depois do que aconteceu com Trump e o Brexit, fico prudente com resultados, não relaxo com pesquisas”, afirmou, em entrevista à RFI. “Muitas pessoas não respondem às pesquisas, tem sempre os indecisos, e por isso tento ver isso com prudência, inclusive para o segundo turno [no Brasil]”, declarou.

Discussão sobre ideias

Para ela, o fato do partido de Jair Bolsonaro ter eleito a maior bancada do Congresso Nacional também não é uma surpresa. “O partido dele cresceu e se impôs nestes últimos anos. Era uma coisa previsível”, analisa. “Será uma campanha de corpo a corpo no terreno; o Lula talvez imaginasse um resultado mais forte no Rio e nas grandes cidades. Acho que haverá muita mobilização, com discussão também sobre ideias e não só sobre polêmicas”.

“Há um abismo entre as ideias de Lula e Bolsonaro. Um momento muito estressante para quem mora no Brasil”, considera a deputada. “Tenho temor que a violência aumente, por causa das declarações do candidato Bolsonaro”, aponta.

“Começa uma nova campanha agora. As pesquisas não serão termômetro, porque muitas pessoas podem mudar de ideia no último momento. Será um momento muito importante para o Brasil e a América Latina”, acredita Caroit.

“Essa eleição é fundamental para a América Latina, porque tem muito peso na região. Do ponto de vista político, de mudanças climáticas, o Brasil é um país líder, e a eleição terá um impacto na região e em todo o mundo”, afirma a deputada.

*Com informações da RFI.


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