FLICA apresenta representatividade negra e indígena durante evento literário

MV Bill é uma das atrações da FLICA 2022.
MV Bill é uma das atrações da FLICA 2022.

Dos cerca de 40 participantes que estarão em mesas na Tenda Paraguaçu, espaço principal da Festa Literária Internacional de Cachoeira, FLICA, mais da metade é composta por participantes negros e indígenas. O evento que traz como tema Liberdade e Literatura Brasis, acontece entre os dias 3 e 6 de novembro de 2022, com grandes nomes da literatura local, nacional e internacional.

Com a curadoria coletiva formada por Camilla França, Paulo Gabriel Soledad Nassif, Clara Amorim e Edgard Abbehusen. O protagonismo já começa pela escolha destes nomes, já que são três negros. E na mesa de abertura não será diferente.

No dia 3, a partir das 10 horas, Cidinha da Silva, o rapper Mv Bill e a indígena Auritha Tabajara participam da mesa Os Brasis Cabem na Literatura e Liberdade?, com mediação de Emmanuel Mirdad. A programação segue com uma mesa formada por mulheres negras. Livia Natália, Calila das Mercês e Luciany Aparecida falam da A Travessia Das Escritas Femininas sendo mediadas por Lugana Olaiá.

Eliana Alves e Deisiane Barbosa com mediação de Dyane Brito participam de Cartas de um passado recente no segundo dia do evento. O autor moçambicano Dionísio Bahule é destaque na mesa A poética moçambicana moderna: trajectos e rasuras com Alberto Mathe como mediador.

Sulivã Bispo e Luana Souza abrem o terceiro dia na mesa Ancestralidade, território e suas linguagens com medição de Lorena Ifé. A grade segue com Tiago Rogero e Bárbara Carine com a mesa Quem São As Nossas Referências? Que têm Luciana Brito como mediadora. Carla Akotirene  e a indígena Marcia Kambeba estão na mesa Ecos, Ritos e Traços Ancestrais com interferência de André Santana.

Além da tenda, a Flica também potencializa as narrativas negras em outros espaços a exemplo da Geração Flica e Fliquinha, além de apresentações teatrais e musicais com nomes como Nelson Rufino, Ilê Aiyé, Filarmônicas Lyra Ceciliana, Orquestra Feminina do Recôncavo. “É impossível pensar os Brasis, sem destacar a participação massiva na história e na construção identitária brasileira, das populações negra e indígena. E mais do que isso, precisamos pautar também e em grande escala a diversidade regional, gênero, religiosa, de linguagens e de escritas que temos aqui”, resume a curadora Camilla França.


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