O líder militar de Burkina Faso foi deposto na noite desta sexta-feira (30/09/2022). A Constituição e a Carta de Transição do país foram suspensas, informou um oficial do Exército.
O governo de Burkina Faso foi dissolvido e sua Constituição e Carta de Transição, suspensas, após um golpe militar das Forças Armadas de Burkina Faso. Capitão do Exército, Ibrahim Traore anunciou a tomada do poder em um comunicado lido em rede nacional.
Ele disse que os oficiais que lideram o golpe decidiram tirar Damiba do poder porque ele não conseguiu lidar com um levante armado de militantes islâmicos no país.
Traore disse que as fronteiras do país foram fechadas indefinidamente e que todas as atividades políticas e da sociedade civil foram suspensas.
Chefe da Comissão da União Africana condena Golpe de Estado
O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, condenou a tomada do poder pelos militares em Burkina Faso e exortou os soldados a se abster de violência e ameaças contra civis.
“O presidente da Comissão da União Africana condena inequivocamente a segunda tomada de poder pela força em Burkina Faso. O presidente […] expressa sua profunda preocupação com o ressurgimento de mudanças inconstitucionais de governo em Burkina Faso e em outros lugares do continente africano”, diz o comunicado.
O presidente da Comissão da União Africana também instou os militares a “abster-se imediata e totalmente de quaisquer atos de violência ou ameaças” à população civil, liberdades civis e direitos humanos, pedindo a restauração da ordem constitucional até 1º de julho de 2024.
Na noite de sexta-feira (30), a mídia local informou que um grupo militar liderado pelo capitão Ibrahim Traore anunciou a deposição do tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, chefe do governo interino do país, a suspensão da Constituição do país, a dissolução do governo e o fechamento de fronteiras. Os militares, que reivindicaram sua fidelidade ao Movimento Patriótico de Salvaguarda e Restauração (MPSR), acusaram Damiba de se desviar dos ideais do movimento.
Isso marca a segunda tomada de poder pelos militares em Burkina Faso em oito meses.
Em 24 de janeiro, o MPSR, liderado por Damiba, tomou o poder no país e depôs o então presidente Roch Marc Christian Kabore. O grupo dissolveu o governo e suspendeu a Constituição, mas depois decidiu restaurá-la. Desde então, o MPSR tem sido a junta militar governante de Burkina Faso.
*Com informações da Sputnik Brasil.

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