Reportagem de Lucas Soares, publicada na sexta-feira (16/10/2022), os hackers responsáveis pela invasão aos sistemas da Record começaram a disponibilizar os dados na internet após o prazo de pagamento do “resgate” ter expirado. Na semana passada, a emissora de TV perdeu boa parte de seu arquivo de vídeo e dados, que ficaram em posse dos ladrões digitais.
De acordo com o colunista do UOL, Ricardo Feltrin, os hackers pediram R$ 35 milhões em Bitcoins para a Record em troca dos dados roubados. Os criminosos ainda se disponibilizaram a explicar o que causou o vazamento e ofereceram um desconto de R$ 10 milhões se o pagamento fosse feito até às 13h49 de sábado (15), prazo que já encerrou.
Após o fim da data limite, planilhas com gastos do grupo Record e documentos sigilosos de publicidade e até do jurídico da emissora foram disponibilizados online. Quem deu o alerta foi o especialista em crimes digitais @akaclandestine no Twitter.
Hackers pedem resgate para a Record
A Record decidiu não efetuar o pagamento pois, segundo o colunista, não havia garantias de que os dados roubados não seriam vendidos posteriormente na “deep web”, já que os especialistas da emissora garantem que já existem cópias de todo esse material. O mesmo ocorreu com a JBS, que pagou US$ 11 milhões, mas as informações seguem à venda até hoje.
O vazamento também mostra que os hackers roubaram muito mais do que a Record acreditava. A emissora pensou durante a semana que apenas íntegras de programas não-editados do canal e outros documentos de relevância menor estavam em posse dos criminosos. No entanto, agora que já foram publicadas informações sobre pagamentos, há risco de que e-mais com informações confidenciais da cúpula do canal estejam entre as informações roubadas.
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