Em Araci, na região nordeste do estado, um grupo formado por cinco estudantes do 1° ano do Ensino Médio do Centro Territorial de Educação Profissional do Sisal II (Cetep Sisal II) é finalista do programa Solves For Tomorrow (Respostas para o amanhã), promovido pela empresa Samsung para estimular alunos e professores da rede pública de ensino a desenvolverem soluções para problemas locais. Na unidade baiana, foi desenvolvido um projeto de produção de luvas a partir do bioplástico originado do sisal, planta de onde se obtém a matéria-prima usada em cordas, tapetes e outros artesanatos.
O projeto foi desenvolvido pelos estudantes Maria Isabela, de 15 anos, Isabel Oliveira, 16, Sarah Moura, 15, Adriele Pietra, 15, e Luan Santos, 15, alunos do curso técnico em Análises Clínicas, sob orientação da professora Pachiele Cabral. A ideia surgiu a partir da observação sobre o grande uso e descarte de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) no laboratório escolar e o aumento do gasto durante a pandemia pelos profissionais de saúde e por pessoas em geral.
“Nós questionamos: será que a gente consegue de fato reduzir esse impacto ambiental? E aí surgiu a ideia de produzir as luvas através do bioplástico. Falando também das questões da nossa cidade, lembramos do sisal, que é uma fonte econômica do município, então porque não valorizar?”, explicou a orientadora.
A partir de um trabalho de pesquisa, que começou no mês de abril de 2022, o projeto passou por experimentações e chegou a uma metodologia de produção do bioplástico totalmente inovadora, pois as técnicas existentes não se mostraram eficazes com o sisal. Após conseguir produzir o bioplástico, que é obtido a partir da epiderme da planta, o projeto partiu para a criação das luvas.
A epiderme do sisal é responsável por proteger a planta de micro-organismos e garante a impermeabilidade da parede celular. “Por isso as nossas luvas vão ser antimicrobianas, antialérgicas, biodegradáveis e de baixo custo”, destacou a estudante Maria Isabella.
O próximo passo do grupo é realizar testes de qualidade e verificar os ajustes necessários. “Agora estamos buscando um impermeabilizante para conseguir tirar as luvas por completo do molde e comprovar que elas são antialérgicas e biodegradáveis, diferentes das luvas do mercado”, detalhou a aluna Sarah Moura.
Para o diretor do Cetep Sisal II, Luis Henrique Carvalho, o programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação do Estado, tem incentivado estudantes e professores a desenvolverem pesquisa e inovação em toda rede estadual. Ele conta que percebeu um grande avanço a partir do momento em que os laboratórios foram desenvolvidos e concluídos nas unidades de ensino. “Estamos colhendo frutos muito importantes que servem de incentivo para outros estudantes e professores”, reforçou o gestor.
Share this:
- Click to print (Opens in new window) Print
- Click to email a link to a friend (Opens in new window) Email
- Click to share on X (Opens in new window) X
- Click to share on LinkedIn (Opens in new window) LinkedIn
- Click to share on Facebook (Opens in new window) Facebook
- Click to share on WhatsApp (Opens in new window) WhatsApp
- Click to share on Telegram (Opens in new window) Telegram
Relacionado
Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)
Subscribe to get the latest posts sent to your email.




