Elizabeth Holmes, empresária do Vale do Silício, foi condenada nesta sexta-feira (18/11/2022) a 11 anos de prisão por fraude contra investidores da Theranos. A sentença foi proferida por um juiz da Califórnia, após um júri considerá-la culpada em janeiro de 2021 por três acusações de fraude eletrônica e uma de conspiração.
A Theranos, empresa fundada por Holmes em 2003, prometia uma revolução nos exames de sangue, alegando ter desenvolvido uma tecnologia capaz de realizar uma ampla gama de testes com apenas algumas gotas de sangue. Em seu auge, a empresa foi avaliada em US$ 9 bilhões e atraiu grandes investidores.
De ascensão a queda
Descrita como a “nova Steve Jobs”, Holmes chegou a ser uma das empresárias mais celebradas do setor de tecnologia. Seu discurso carismático e a promessa de inovação levaram grandes nomes do mercado a investirem na Theranos. No entanto, em 2015, uma série de reportagens investigativas do The Wall Street Journal expôs falhas graves na tecnologia da empresa.
As investigações revelaram que a Theranos não utilizava sua própria tecnologia para realizar testes, mas sim equipamentos convencionais de laboratórios tradicionais. Além disso, houve relatos de que os exames eram manipulados, levando a diagnósticos imprecisos e potencialmente perigosos.
Processo e condenação
As fraudes resultaram em processos por parte do Departamento de Justiça dos EUA, que acusou Holmes e seu ex-namorado, Ramesh “Sunny” Balwani, ex-presidente e diretor de operações da Theranos, de enganar investidores, profissionais de saúde e pacientes.
No tribunal, Holmes declarou que sentia “profunda dor” por aqueles que confiaram na empresa. A defesa dela argumentou que ela não tinha intenção de enganar, mas apenas de revolucionar o setor de diagnósticos médicos. Contudo, as provas apresentadas confirmaram que a empresária omitiu informações essenciais sobre as falhas da tecnologia desenvolvida pela Theranos.
Balwani também foi julgado separadamente e condenado por sua participação no esquema fraudulento.
A empresa foi oficialmente dissolvida em setembro de 2018, encerrando um dos maiores escândalos corporativos do setor de tecnologia nos últimos anos.
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