Livro ‘Democracia Hackeada’ aborda o poder das redes sociais como formadoras de opinião

Capa oficial do livro ‘Democracia hackeada: como a tecnologia desestabiliza os governos mundiais’.
Capa oficial do livro ‘Democracia hackeada: como a tecnologia desestabiliza os governos mundiais’.

O trecho escrito por Martin Moore, diretor do Centre for the Study of Media, Communication and Power e conferencista sênior do Departamento de Política Econômica da faculdade King’s College de Londres, dá o tom sobre a abordagem do livro ‘Democracia hackeada: como a tecnologia desestabiliza os governos mundiais’, publicado no Brasil pela Editora Hábito.

Na obra dividida em três partes e nove capítulos, o escritor explica como os cidadãos usam as ferramentas das redes sociais para incubar protestos e coordenar ações coletivas contra governos autoritários e autocráticos. Segundo ele, porém, ao desenvolver essas revoluções por meio da tecnologia, os governos democráticos aproveitam para usufruir dessas plataformas e se autopromover. “Erraram ao presumir que suas ferramentas eram inerentemente democratizantes, quando a tecnologia apenas permitia novas maneiras de alcançar objetivos políticos. Usaram as ferramentas digitais para correrem atrás de seus objetivos e obtiveram benefícios desproporcionais. Não importava se os alvos eram democráticos, autocráticos ou anárquicos”, revela Moore.

Democracia Hackeada é o panorama de um mundo em que cidadãos são reduzidos a dados e submetidos à análise e ao processamento de vigilância em tempo real, no qual o indivíduo está sujeito à criminalidade subentendida. Ainda, o especialista em Política Econômica compartilha com o leitor como isso pode gerar consequências negativas no bem-estar social, na liberdade e privacidade dos usuários de redes sociais – pois, para Moore, o celular causa mais impactos na vida das pessoas do que a mudança de governo.

O livro é uma análise de como governos autoritários, elites abastadas e hackers extremistas conseguem manipular escolha de votos no período eleitoral, além de burlar processos democráticos e transformar o Facebook, Google e Twitter em campos de batalha para formar opiniões. Pois, à medida que os usuários migram para a vida on-line, tornam-se cada vez mais vulneráveis às Fake News, já que as plataformas digitais são construídas para conquistar a atenção com base no lance mais alto: manipular ideais.


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