Marcelo Tas entrevista o teólogo, escritor e professor Leonardo Boff no ‘Programa Provoca’

O convidado Leonardo Boff contou sobre sua conversa com o presidente eleito, Lula, quando estava na prisão.
O convidado Leonardo Boff contou sobre sua conversa com o presidente eleito, Lula, quando estava na prisão.

Nesta terça-feira (29/11/2022), Marcelo Tas conversa com teólogo, escritor e professor Leonardo Boff no Provoca. Ele conta na entrevista sobre a sua amizade com o Papa Francisco, critica o conservadorismo do Vaticano, fala sobre o perdão, seu livro O Casamento Entre O Céu e a Terra, Contos dos Povos Indígenas do Brasil e muito mais. Vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22 horas.

Ex-padre, Boff começa a edição contando sobre sua amizade com o Papa Francisco. “Nós ficamos amigos no tempo em que ele era jesuíta, 1972, demos palestra juntos em Buenos Aires, ele falando sobre o carisma dos Jesuítas e eu dos Franciscanos, já nos conhecíamos ai”. E Tas pergunta: me parece que ele te mandou uma foto? “Lá de Roma, porque a gente se corresponde, pegou uma foto do arquivo dele e me mandou”, conta.

O teólogo fala sobre o que nós temos que aprender com os indígenas. “Eles são os nossos mestres e doutores na relação com a natureza, pede licença para entrar, se derruba uma árvore faz o rito de desculpa, porque diz vou ter que fazer um remo, uma porta, e planta outras duas. Nós perdemos essa intimidade e desrespeitamos a natureza”, diz Leonardo.

Em outro momento da edição, Tas pergunta se a igreja católica deveria se preocupar com o aumento dos evangélicos no Brasil. “Pelo número de católicos que temos, deveríamos ter 100 mil padres para atender a demanda. Temos 17 mil, sendo 8 mil estrangeiros (…) institucionalmente a igreja católica é um fracasso. E como ela quer impor o celibato, muitos não aceitam, querem amar, ter filhos, família, gostariam de ser padre, mas não desse jeito, então ela é culpada disso”, afirma Boff.

Por fim, o teólogo conta sobre sua conversa com o presidente eleito, Lula, quando estava na prisão. “Ele aprendeu a ser mais humilde, a escutar mais. Ele disse: ‘Boff, estou ligado aos movimentos sociais, sou um sobrevivente da fome (…), tenho 77, vou chegar aos 80 anos, então vou fazer uma política, a mais justa, equilibrada possível. No social quero radicalizar porque é a última chance que eu tenho na minha vida (…) quero ajudar os invisíveis’”.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.