O Palacete das Artes, localizado no Bairro da Graça em Salvador, comemora 15 anos de história. Na programação especial estão o retorno do projeto cinema, exposições, apresentações teatrais, encontros literários e um show do cantor e compositor Roberto Mendes. Um jingle especial também está lançado, trazendo como proposta uma reflexão do museu enquanto lugar de diálogo, de experiências, de pertencimento e construção. Trata-se de um convite para que as pessoas possam visitar, ocupar e ressignificar os espaços, a partir do contato com a arte e a cultura.
O diretor geral do IPAC, João Carlos Oliveira, destaca a importância de celebrar este momento, que reforça o papel dos museus como espaços de fruição das artes, preservação e salvaguarda do patrimônio arquitetônico, cultural e artístico da Bahia. Para o diretor do Palacete das Artes, Murilo Ribeiro, é uma satisfação ter participado da implantação até a construção do que o museu é hoje. “O Palacete, atualmente, é um espaço de grande relevância para a vida cultural da cidade e do estado. Um museu diverso e participativo. Só temos a agradecer a todo o apoio de equipes (Palacete/Ipac/Secult) que contribuíram para a realização de tantos projetos importantes que realizamos nestes 15 anos, e ao público que adotou o Palacete como o seu lugar”, defende Ribeiro.
A novidade da programação especial é o retorno do projeto Cinema no Palacete, nos meses de novembro e dezembro de 2022 e janeiro de 2023. Com a curadoria de Raimundo Chagas, Mestre em Cinema e Arquitetura, apresentará sessões gratuitas sempre às terças e quintas, às 16:30, com filmes e documentários sobre artes, artistas, clássicos e cults. E no mês da Consciência Negra, oito filmes abordarão questões raciais, música e nossas raízes de origem africana. No dia 8, Milagre do Candeal; dia 10, Acorrentados; dia 15, Longe do Paraíso; 17, Carmen Jones; dia 22, Sob a Luz do Luar (Moonlight); 24, Pierre Verger, mensageiro entre dois mundos; e dia 29, Eu não sou seu negro.
No calendário do Novembro Negro será aberta na sexta-feira (4), às 18:30, a exposição Ojú Okan Orixás, que apresenta como elo central os retratos dos Orixás feitos pelo fotógrafo baiano André Fernandes, que se unem às linguagens dos artistas plásticos Edmundo Reis, Sérgio Amorim e Sérgio Bordim. As fotografias documentais revelam com delicadeza e sensibilidade a estética dos adereços, vestuários, cores e acessórios presentes nos terreiros, apoiados com os elementos naturais e ferramentas que conectam o homem ao espírito ancestral dos Orixás.
O público também pode aproveitar para conferir as exposições em cartaz: “Remember Me” – da fotógrafa italiana radicada na Bahia – Cristina Cenciarelli; “Triennaledi Milano: Uma História em Cartazes”; “Habitantes de Cidade”, do artista Adilson Santos; “Espaço Mario Cravo Jr” e a loja de cerâmica (localizada no térreo).
Dando sequência a agenda de eventos, um ciclo de encontros coordenado pelo antropólogo Washington Queiroz sobre o ofício dos Vaqueiros da Bahia terá início no dia 5 de novembro (Dia da Cultura), às 16 horas, na área externa do Palacete. Com o tema “Vaqueiros e Bahia: uma riqueza”, a proposta é promover junto ao público baiano e visitantes, a importância e a realização de ações voltadas para a difusão, promoção e reconhecimento da cultura dos Vaqueiros. A programação terá a participação especial do cantor e compositor Carlos Pitta.
Nos domingos 6 e 13, sempre das 8:30 às 9:30, acontece o projeto “Amanhecer com Yoga no Palacete”, coordenado pela professora Carla Dantas. No dia 12, das 10:30 às 12 horas, é a vez do projeto “Prática de movimentoconsciente e dança espontânea”, coordenado pela coreógrafa Daniela Augusto.Em nona edição no Palacete das Artes, o BaZá RoZê terá pauta nos dias 19 e 20 de novembro, das 13 às 20 horas. “Meditação, autoconhecimento e neurociências”, coordenado pelo neurocientista, escritor e professor doutor (Ufba), Bruno Pitanga (Instituto Bruno Pitanga), será no dia 26 (sábado), das 8 às 11 horas (com inscrição pelo Sympla).
No dia 26 de novembro, mais um projeto está de volta nas tardes de sábado, o Trocando Palavras. Sob a coordenação da jornalista Cleidiana Ramos, haverá um debate, com a participação de diversos convidados, sobre “Mídia e antirracismo: experiências e perspectivas”. Em paralelo, a tradicional troca de livros, seguida da apresentação musical da cantora Gab Ferruz.
Para encerrar as atividades do mês, na tarde do dia 27, o projeto Domingos Musicais será retomado em grande estilo, com o show “Quem vem lá sou eu”, do cantor e compositor Roberto Mendes. O santoamarense vai apresentar os repertórios dos seus mais recentes lançamentos: “Na base do cabula” e “Catetê” bem como clássicos da sua carreira, composições resultantes de décadas de pesquisa e dedicação a dois gêneros musicais tradicionais da sua região: o xaréu e a chula. “Quem vem lá sou eu” é um verso conhecido no samba chula e também uma representação da metafísica do Recôncavo Baiano: A capacidade de olhar para si desde fora, de se reconhecer e reinventar.
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