Coreia do Sul dá indulto a ex-presidente condenado por corrupção

O ex-presidente Lee Myung-bak recebeu indulto de sua pena de 17 anos de prisão.
O ex-presidente Lee Myung-bak recebeu indulto de sua pena de 17 anos de prisão.

O ex-presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, recebeu um indulto presidencial de sua punição pelo crime de corrupção. Myung-bak foi condenado, em 2020, a 17 anos de prisão por aceitar subornos da empresa de eletrônicos Samsung.

O anúncio foi feito pelo ministro da Justiça, Han Dong-hoon. O nome do ex-presidente consta de uma lista de mais de 1.300 pessoas beneficiadas por um indulto especial: com base “na perspectiva de uma ampla unidade nacional por meio da reconciliação, tolerância e consideração”, segundo o ministro.

Com essa decisão, o ex-presidente evitará quinze anos de prisão e uma multa de quase 16 milhões de dólares. No entanto, ele já não estava preso. Myung-bak, que tem hoje 81 anos, recebeu em junho uma permissão temporária para sair da prisão por conta de sua idade e de doenças crônicas.

Corrupção

Myung-bak, ex-CEO da Hyundai, governou a Coreia do Sul entre 2008 e 2013, comandando o país durante a crise financeira global do período. Ele era o chefe de Estado quando o país conquistou o direito de organizar os Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, mas foi criticado por minar os princípios democráticos e a liberdade de expressão na Coreia do Sul.

Em 2018, ele foi indiciado em 16 acusações. Dois anos depois, o ex-presidente foi condenado por fraude na criação de fundos de milhões de dólares e por aceitar subornos da Samsung Electronics em troca de um perdão presidencial para Lee Kun-hee, CEO da empresa que estava preso por evasão fiscal.

A pena de 17 anos aplicada a Myung-bak deixaria o político preso até 2036, quando teria 95 anos. Para Lee Myung-bak, este perdão é uma salvação, pois além do cancelamento de sua sentença, ele recuperará seus privilégios como ex-chefe de Estado.

Myung-bak é o quarto ex-presidente condenado na Coreia do Sul que recebe um induto presidencial abolindo sua pena.

Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo, ambos presos por corrupção e traição nos anos 1990, foram anistiados após dois anos de prisão. A ex-presidente Park Geun-hye recebeu o indulto no ano passado, quando cumpria uma pena de 20 anos por corrupção e abuso de poder.

*Com informações da RFI.


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