Título de heroína da pátria para Santa Dulce vai ao plenário do Senado

Irmã Dulce foi canonizada na Igreja Católica como Santa Dulce dos Pobres.
Irmã Dulce foi canonizada na Igreja Católica como Santa Dulce dos Pobres.

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) aprovou nesta terça-feira (11/04/2023) a inclusão do nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Santa Dulce dos Pobres, canonizada na Igreja Católica como Santa Dulce dos Pobres, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O livro encontra-se no Panteão da Liberdade e da Democracia Tancredo Neves, que fica na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Com a aprovação, o PL 5.641/2019 será analisado pelo Plenário e, se for aprovado, seguirá para a sanção do presidente Lula.

O relatório foi feito pelo senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) e apresentado pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). O texto aproveita um relatório anterior, de Otto Alencar (PSD-BA), que não chegou a ser votado.

O parecer lembra que Irmã Dulce nasceu em 1914 em Salvador e desde muito jovem demonstrou empatia e solidariedade incomuns para com as pessoas mais pobres. Aos 13 anos, com o apoio do pai, começou a acolher mendigos e doentes em casa, transformando a residência da família num centro de atendimento à população carente. Foi nessa época, também, que começou a se dedicar à vida religiosa.

Após formar-se professora, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão (SE). No mesmo ano, aos 19 anos de idade, recebeu o hábito de freira e adotou, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce.

Suas obras sociais ajudaram a transformar a vida de milhares de pessoas por ela acolhidas. Após muita peregrinação, fundou em 1949 um albergue improvisado em um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio, em Salvador. O local deu origem ao hospital Santo Antônio, hoje o maior hospital da Bahia. Dez anos depois, foi instalada oficialmente a Associação Obras Sociais Irmã Dulce e, no ano seguinte, inaugurado o Albergue Santo Antônio.

Por sua dedicação à população carente, Irmã Dulce foi indicada em 1988 pelo então presidente da República, José Sarney, ao Prêmio Nobel da Paz, indicação que contou com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia. O próprio papa João Paulo II, em sua primeira visita ao Brasil (1980), ao conhecer a obra da freira baiana, pediu-lhe pessoalmente que mantivesse seu trabalho com os pobres.

“Irmã Dulce trabalhou incansavelmente, até o fim da vida, junto às pessoas mais necessitadas. Morreu aos 77 anos tendo deixado um grande legado à sua cidade, à Bahia e ao país. Em reconhecimento às suas obras sociais, foi canonizada em 2019 pela Igreja Católica, tendo recebido o título de Santa Dulce dos Pobres. É por sua dedicação aos pobres, necessitados e excluídos, por seu exemplo de caridade e desprendimento, que acreditamos ser justa a inclusão de Irmã Dulce no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria”, destaca o relatório lido por Pontes.

*Com informações da Agência Senado.


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