Feira de Santana: Presidente do Departamento de Imunizações da SBP alerta para baixa vacinação infantil durante Congresso Baiano de Pediatria

O evento está sendo realizado no auditório do Edifício Charmant.
O evento está sendo realizado no auditório do Edifício Charmant.

Relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgado este ano mostra que, entre 2019 e 2021, 1,6 milhão de crianças no Brasil não tomaram a primeira dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche. Para o Unicef, quem não tomou essa vacina até os dois meses de vida, não tomou nenhuma. E as consequências podem ser muito graves, segundo o Presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria, Renato Kfouri (SP), que palestrou no IX Congresso Baiano de Pediatria, nesta quinta-feira (28/07/2023). O evento está sendo realizado no auditório do Edifício Charmant, em Feira de Santana, e segue até sábado (29).

Pediatra infectologista e referência nacional em imunização, Kfouri informou que de 2022 para cá felizmente já há um início de recuperação da vacinação infantil de um modo geral, mas quando se trata de Covid-19, a adesão segue baixa. Segundo ele, isso se deve há dois fatores: o primeiro é que a vacinação infantil chegou em um momento da pandemia mais calmo, quando a percepção de risco da doença foi muito menor; e o segundo, foi a disseminação de informações equivocadas, que deixaram pais e responsáveis inseguros.

Para o infectologista, pediatras e outros profissionais de saúde que atuam com crianças são fundamentais na reversão desse quadro e a abordagem que ele fez no congresso foi com esse intuito.

“Tive a oportunidade de falar de assuntos que podem propiciar aos profissionais entendimento maior sobre o valor das vacinas e como recomendá-las para as crianças e famílias de uma maneira mais assertiva, especialmente mostrando o risco da não vacinação”, frisou.

Kfouri frisa que não há dúvida de que as imunizações hoje são parte fundamental da assistência pediátrica. Foi através dos grandes programas de vacinação do país, que o sarampo foi eliminado, e a coqueluche, meningite e pneumonias foram controladas, além dos avanços na redução da mortalidade infantil.

“Tudo isso graças ao Programa Nacional de Imunizações, que completa 50 anos em 2013”, frisa.

Outros temas

Doença do refluxo, infecções respiratórias, neurociência e uso de telas foram alguns dos outros temas abordados no Congresso de Pediatria, nesta quinta. A abertura oficial do evento, que é realizado pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) com apoio da Sociedade de Pediatria de Feira de Santana (Sopefs), contou com a presença de autoridades como a secretária de Saúde da Bahia, Roberta Santana; Secretária de Saúde de Feira, Cristiane de Souza; e apresentação da orquestra Neojiba.


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