A Bahia se vê abalada pela trágica morte de Maria Bernadete Pacífico, uma renomada liderança quilombola de 72 anos, conhecida como Mãe Bernadete, que foi assassinada em sua casa no Quilombo Pitanga dos Palmares, no município de Simões Filho. A Polícia procura esclarecer o caso, enquanto não descarta a possibilidade de uma relação entre esse crime e o assassinato de seu filho, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, ocorrido há seis anos.
A diretora do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Bahia, delegada Andrea Ribeiro, afirmou que medidas iniciais estão sendo tomadas para identificar e prender os responsáveis pelo assassinato de Mãe Bernadete. A polícia trabalha em diversas linhas de investigação e não descarta a possibilidade de conexões com o homicídio de seu filho. As equipes de investigação de campo e de inteligência estão colaborando, e a Polícia Federal também se envolveu no caso.
O filho da vítima, Jurandir Wellington Pacífico, acredita que a morte de sua mãe está relacionada a questões de interesse no território do Quilombo Pitanga dos Palmares, possivelmente ligadas à especulação imobiliária, grilagem de terras, política ou grandes empreendimentos. Ele ressaltou que sua mãe estava ameaçada desde 2016 e que o assassinato dela pode ser uma consequência da impunidade do assassinato de seu irmão.
A comunidade está em luto pela perda de Mãe Bernadete, uma figura influente que há mais de 40 anos representava o quilombo e participava de movimentos sociais ligados à cultura e ao movimento negro. Jurandir apelou ao governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para uma resposta rápida à sociedade sobre o crime.
As autoridades estão empenhadas em esclarecer esse ato brutal, que não só tirou a vida de uma liderança quilombola respeitada, mas também trouxe à tona questões mais amplas de violência e ameaças em comunidades tradicionais. A investigação continua, enquanto amigos, familiares e defensores dos direitos humanos clamam por justiça e segurança para as comunidades quilombolas da região.
*Com informações da Agência Brasil.
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