Ex-deputado João Roma diz que interesses pessoais e vaidades não determinam as decisões do PL

Ex-deputado João Roma diz que interesses pessoais e vaidades não determinam as decisões do PL.
Ex-deputado João Roma diz que interesses pessoais e vaidades não determinam as decisões do PL.

O presidente estadual do PL, João Roma, em entrevista ao PodZé, do BNEWS, na noite desta segunda-feira (07/08/2023), ressaltou o seu papel na organização do partido na Bahia e da importância de gerir bem os diferentes grupos que compõem a sigla no estado. “A função de presidir o partido e tocar um projeto político necessita de muita paciência e de muita habilidade para não se fazer um partido de vencedores e vencidos”, ressaltou Roma, ao ser questionado sobre a sua atuação como dirigente da sigla.

O ex-ministro da Cidadania ressaltou que precisa conciliar correntes e disputas que ocorrem naturalmente em todos os agrupamentos políticos. “Partido político não segue equação matemática, não é algo cartesiano. Às vezes um tempo não está maduro para um projeto concreto”, ponderou. Ele disse que há a pré-candidatura dele posta à Prefeitura de Salvador, mas que não será um projeto absoluto, mas que será realizado conforme as condições da política local.

“Em Salvador, temos uma pré-candidatura estabelecida. Temos dois vereadores: Alexandre Aleluia e Isnard Araújo. Teremos uma chapa muito forte de vereadores, mas teremos um caminho a seguir. Não descarto possibilidade de entendimentos que podem ocorrer mais à frente”, comentou.

Roma reiterou, como em outras ocasiões, que interesses pessoais e vaidades não podem determinar as decisões na sigla, considerando principalmente o fato de o PT estar agigantado, com o controle do governo estadual e do federal.

Na avaliação do presidente do PL baiano, se o PT conseguir o controle de grandes cidades baianas como Salvador, Feira de Santana, Camaçari e Vitória da Conquista, por exemplo, podem ser retiradas as condições objetivas para o fortalecimento da direita em 2026, tirando inclusive a possibilidade de realizar um enfrentamento.

“Precisamos construir um partido forte para daqui a 3 anos. Teremos eleições muito singulares. Qual perspectiva que teremos para uma disputa daqui a três anos em uma eleição geral?”, questionou Roma.

Como principal proposta para a capital baiana, Roma enfatizou a necessidade de trabalhar mais as propostas que versem sobre a liberdade econômica.

“Temos uma cidade ainda com entraves para pessoas que querem ganhar o seu dia a dia. Precisamos ter trilhas que possam possibilitar um avanço e uma perspectiva de vida às pessoas de uma forma real”, disse Roma. Ela avalia que a eliminação dessas travas para o desenvolvimento das atividades econômicas funcionam para atrair novos investimentos. “É preciso oxigenar, ser mais atrativo. Diminuir taxas e custos”, pontuou.

Ao comentar a política nacional, Roma destacou o papel ainda desempenhado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. “Ele continua sendo o principal nome da oposição no Brasil. É o personagem que consegue mobilizar a maior quantidade de pessoas”, disse Roma, que afirmou que a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro deve estar na Bahia em outubro. “E é bem provável que Bolsonaro venha também”, disse.

Roma destacou ainda o papel de Jair Bolsonaro de trabalhar pela união nacional ao fazer renascer entre os brasileiros o sentimento de patriotismo. Nesse sentido, ele criticou e classificou como “infeliz” a declaração do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que propôs a criação de um bloco dos estados de Sul e do Sudeste. “Muito do desenvolvimento do Sudeste se deveu aos nordestinos também”, recordou Roma. O ex-ministro da Cidadania comentou que o Brasil é diverso e que, apesar dessas características, mantém uma identidade nacional.

O dirigente do PL disse que, no cenário atual, há dois brasis: um que trilhou caminho de crescimento e desenvolvimento com Jair Bolsonaro e outro que já demonstra caminhar em caminho contrário. Ao comentar a diferença entre os programas sociais, Roma salientou: “criamos a rampa de ascensão para que justamente a pessoa não ficasse dependente do programa social e tivesse uma melhoria de vida, mas os estímulos para a pessoa superar a condição de pobreza foram cortados pelo PT”. E não somente isso, Roma constatou que a irresponsabilidade petista com a gestão já traz prejuízos: “agora cortaram o auxílio gás”.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.