A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (17/08/2023) a Operação Expurgo, com o objetivo de desmantelar um grupo criminoso que atuava de maneira especializada na fraude de licitações, principalmente na área da saúde. A ação resultou na execução de 24 mandados de busca e apreensão, 14 mandados de suspensão de servidores públicos e outras medidas judiciais, abrangendo diversas cidades nos estados da Bahia e Espírito Santo.
Após cerca de um ano de investigação, a Polícia Federal identificou a atuação de dois grupos empresariais que utilizavam pessoas jurídicas para manipular concorrências, prejudicando a transparência dos processos licitatórios. Os danos ao erário público estimados até o momento são de aproximadamente R$ 5 milhões, mas a movimentação financeira das empresas envolvidas chega a R$ 92 milhões, o que exigirá uma análise mais detalhada.
O trabalho de análise prévia levou à descoberta das pessoas jurídicas usadas como intermediárias para corromper servidores públicos e ocultar patrimônio. Além disso, os agentes conseguiram identificar os funcionários públicos que se beneficiavam das práticas ilícitas.
Com as provas coletadas na operação, a Polícia Federal pretende ampliar a compreensão dos danos ao patrimônio público e estender a investigação para possíveis cúmplices, bem como rastrear o destino dos recursos desviados. A operação também tem como objetivo expurgar do quadro funcional aqueles servidores públicos que cederam à tentação das atividades ilegais.
Os envolvidos poderão enfrentar diversas acusações, incluindo corrupção ativa e passiva, bem como fraudes em licitações, com penas acumuladas podendo superar 20 anos de reclusão. A Operação Expurgo ressalta o compromisso da Polícia Federal em combater a corrupção e as práticas ilícitas que prejudicam o erário público e a transparência nos processos licitatórios.
*Com informações da Polícia Federal (PF).
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