A falta de assistência e recursos essenciais para crianças com microcefalia tem sido o centro de um clamor emocional e urgente em Feira de Santana. Na Câmara Municipal, pais e responsáveis dessas crianças se reuniram para denunciar a falta de acompanhamento profissional especializado, distribuição gratuita de medicações, suplementos alimentares, fraldas e outros recursos essenciais que estão afetando gravemente a qualidade de vida dos pacientes. A mãe de uma criança com microcefalia, Karine Silva Santos, fez um apelo tocante na Tribuna Livre, revelando a situação crítica que muitas famílias enfrentam.
A falta de assistência adequada por parte do Governo Municipal tem levado a consequências sérias para as crianças com microcefalia. De acordo com Karine Silva Santos, a ausência de um suporte nutricional adequado e a falta de um fonoaudiólogo capacitado para lidar com o processo de deglutição estão resultando em um aumento preocupante de internações devido à perda de peso desses pacientes. A situação se agrava pelo fato de que muitas crianças também não são acompanhadas por terapeutas ocupacionais, profissionais essenciais para o tratamento multidisciplinar recomendado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Desafios de acesso na Zona Rural
A falta de transporte acessível tem sido outro obstáculo significativo para famílias que vivem na zona rural. Karine Silva destaca a difícil realidade que crianças com microcefalia da zona rural enfrentam ao tentar acessar serviços médicos, fisioterapia e outros tratamentos. A falta de transporte, especialmente para crianças que usam cadeira de rodas, torna ainda mais difícil para essas famílias obterem o atendimento necessário.
Canabidiol como recurso importante
A situação é agravada pelo alto custo de medicamentos à base de canabidiol, uma substância derivada da Cannabis que possui propriedades anticonvulsivas e tem sido prescrita para melhorar o quadro clínico de crianças com microcefalia. A falta de fornecimento gratuito desses medicamentos em Feira de Santana coloca um fardo financeiro adicional sobre as famílias já sobrecarregadas. Pais como Gabriel Galiandro da Silva, cujo filho experimentou melhorias após a utilização de canabidiol, apelam por uma avaliação mais abrangente das necessidades das crianças na cidade e pela distribuição gratuita desses medicamentos.
O apelo dos pais e responsáveis das crianças com microcefalia em Feira de Santana é um lembrete poderoso da necessidade de recursos, assistência e apoio para os mais vulneráveis em nossa sociedade. À medida que eles compartilham suas histórias e lutam por melhores condições, é um chamado à ação para as autoridades municipais e também para uma conscientização mais ampla sobre as dificuldades enfrentadas por essas famílias. Enquanto a batalha pela assistência adequada continua, a esperança é que a situação melhore para as crianças com microcefalia e suas famílias em Feira de Santana.
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