A selva do Estreito de Darién, na fronteira da Colômbia com o Panamá, tem sido palco de um número recorde de migrações em 2023. Apenas nos primeiros sete meses deste ano, mais de 250 mil pessoas cruzaram a pé essa região, equivalente ao total registrado em todo o ano anterior. Segundo a Organização Internacional para Migrações (OIM) e a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), essa jornada é extremamente perigosa e tem atraído migrantes e refugiados principalmente da Venezuela, Haiti e Equador. Além disso, outras nacionalidades também foram identificadas na rota, incluindo Afeganistão, China, Nepal e Peru. As agências da ONU pedem ações colaborativas para abordar os riscos de proteção e as necessidades humanitárias dessas pessoas em movimento na América Latina e no Caribe. O aumento do fluxo migratório reforça a necessidade de uma resposta regional e a abordagem das causas fundamentais dos deslocamentos.
O fluxo migratório através da selva de Darién é uma das rotas mais perigosas e desafiadoras para os migrantes e refugiados que buscam chegar aos Estados Unidos ou outros países da América do Sul e Central. A selva é densa e o terreno é acidentado, tornando a travessia exaustiva e sujeita a riscos de desidratação, fome, doenças e ataques de grupos criminosos. Além disso, as condições climáticas e a presença de animais selvagens tornam a jornada ainda mais perigosa.
As pessoas que se aventuram nessa rota geralmente estão fugindo de situações de violência, pobreza e perseguição em seus países de origem. O colapso econômico na Venezuela, os desastres naturais no Haiti e as dificuldades socioeconômicas em outras nações da América Latina têm levado um grande número de pessoas a buscar uma vida melhor em outros lugares.
A resposta humanitária a esse fluxo migratório é um desafio, pois a travessia é ilegal e muitos dos migrantes não possuem documentos ou status legal para entrar em outros países. Além disso, o aumento das migrações tem sobrecarregado as capacidades de acolhimento dos países receptores, resultando em condições precárias nos abrigos e centros de assistência.
Para lidar com essa situação, é fundamental que os países da América Latina e do Caribe trabalhem juntos de forma coordenada, com o apoio da comunidade internacional. É necessário garantir a proteção dos direitos humanos dos migrantes e refugiados e oferecer assistência humanitária adequada, incluindo alimentos, abrigo e atendimento médico. Além disso, é importante abordar as causas mais profundas dos deslocamentos, como a violência, a instabilidade política e a pobreza, a fim de encontrar soluções duradouras para o problema.
Em última análise, a questão das migrações na região exige uma abordagem humanitária, baseada nos princípios de solidariedade e cooperação, visando garantir a segurança e o bem-estar das pessoas em movimento. A proteção dos direitos humanos e a busca por soluções duradouras devem ser as principais prioridades na resposta a esse desafio complexo e urgente.
*Com informações da ONU News.
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