A ordem mundial que foi largamente moldada pelos EUA e seus aliados ocidentais desde a Segunda Guerra Mundial está enfrentando mudanças significativas devido às crescentes tensões geopolíticas com a Rússia e a China. Os países do Sul Global, incluindo o Brasil, estão lentamente reconsiderando seus laços com a ordem mundial ocidental, que historicamente envolveu a vinculação da moeda nacional ao dólar e uma política externa alinhada aos interesses dos Estados Unidos. Uma reportagem da Bloomberg aponta que esses países em desenvolvimento estão aproveitando as atuais tensões como uma oportunidade para definir seu próprio destino, buscando maior controle sobre seus recursos naturais e reestruturando relações que remontam à era colonial.
A busca por independência e soberania tem sido evidente em várias ações tomadas por nações do Sul Global. Um exemplo notável é o movimento de países como Namíbia, Zimbábue e Gana para proibir ou restringir a exportação de minérios como lítio e níquel, que são componentes essenciais para baterias de veículos elétricos e outras tecnologias modernas. Além disso, países como Argentina, Brasil, Chile e Indonésia têm buscado parcerias de investimento para fábricas de baterias de veículos elétricos, preferindo cooperar com a China em vez dos EUA.
A diversificação da cesta de moedas é outro sinal claro das mudanças em curso. Muitos países do Sul Global estão explorando maneiras de reduzir sua dependência do dólar norte-americano, buscando alternativas para minimizar os impactos das flutuações econômicas e políticas dos EUA.
Essas mudanças na postura do Sul Global também refletem a insatisfação com o comportamento das grandes potências, incluindo os Estados Unidos. A busca por seus próprios interesses e a manutenção de sua ordem mundial tem gerado desconforto entre nações que procuram uma abordagem mais equitativa e colaborativa nas relações internacionais.
A reconfiguração das relações entre países emergentes e as potências ocidentais é um processo complexo, influenciado por fatores políticos, econômicos e históricos. À medida que a ordem mundial continua a evoluir, o Sul Global busca estabelecer uma voz mais forte e autônoma em um cenário geopolítico em constante mudança.
*Com informações da Sputnik News.
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