A CAIXA Cultural Salvador está prestes a se tornar palco de uma celebração das ricas heranças culturais africanas que moldaram Cuba e Brasil. A exposição intitulada “Mamáfrica – Ancestralidades africanas no Brasil e em Cuba” será inaugurada na terça-feira (19/09/2023) e permanecerá em cartaz até 26 de novembro de 2023. Com o patrocínio da Caixa Econômica e do Governo Federal, a mostra apresentará 80 obras de 68 artistas, incluindo 23 cubanos e 34 brasileiros de 10 estados diferentes, incluindo Salvador, considerada a cidade mais negra fora da África.
Realizada em colaboração pelo Instituto Alvorada Brasil, Barthô Naïf e Casa Hum, esta exposição busca fornecer uma visão abrangente e diversificada da cultura popular brasileira e sua profunda influência das raízes africanas. Por meio da arte Naif, os visitantes serão convidados a explorar narrativas ancestrais que continuam a moldar a identidade dessas nações e a se manifestar de maneira única nas mãos dos artistas envolvidos.
“Mamáfrica” transcende os limites de uma simples exposição de arte. É uma homenagem às raízes compartilhadas, às histórias entrelaçadas e à celebração da diversidade cultural que conecta Brasil e Cuba. Uma lembrança poderosa de que, apesar das distâncias geográficas, esses dois países permanecem unidos pela herança africana que enriquece e conecta suas identidades nacionais.
A arte Naif, também conhecida como arte ingênua, desempenha um papel central nessa exposição devido à sua simplicidade e autenticidade. Muitas vezes produzida por artistas autodidatas sem formação formal em arte, a arte Naif é caracterizada por sua abordagem despretensiosa e perspectiva ingênua deliberada. Isso resulta em obras que transmitem uma autenticidade emocional única, capturando a essência das ancestralidades africanas com cores vibrantes e traços simplificados.
A exposição também se destaca por sua representatividade. Os curadores, Oscar D’Ambrósio, Odécio Visintin Rossafa Garcia, Humberto Macêdo e Shirlene Pérola Negra, garantiram a inclusão de artistas que representam a diversidade de gênero, sexualidade, LGBTQIA+ e religiosa, incluindo matrizes africanas. Além disso, a participação das mulheres na exposição é amplamente destacada.
O curador Odécio destaca que “Mamáfrica” tem o propósito de retratar toda a herança africana que Brasil e Cuba receberam dos escravizados, valorizando a arte popular e ampliando a presença das mulheres no cenário das artes.
Portanto, a exposição “Mamáfrica” não é apenas uma celebração da arte, mas também uma celebração das ricas heranças culturais compartilhadas por Brasil e Cuba, mostrando que a verdadeira arte transcende a técnica e toca os corações e almas dos espectadores.
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