Companhia Brasileira de Lítio multiplica faturamento por cinco

Na mineração e beneficiamento do mineral há mais de 30 anos, empresa vê demanda explodir desde 2019. (Foto: Divulgação/CBL)
Na mineração e beneficiamento do mineral há mais de 30 anos, empresa vê demanda explodir desde 2019. (Foto: Divulgação/CBL)

No cenário da crescente demanda por lítio, um elemento essencial para a fabricação de baterias de veículos elétricos (EV), uma empresa brasileira está colhendo frutos no Vale do Lítio. A Companhia Brasileira de Lítio (CBL), fundada em 1985, tem observado um crescimento significativo em seu faturamento nos últimos anos.

Inicialmente, a CBL atendia principalmente as indústrias de medicamentos, vidros e cerâmicas, com foco na indústria automotiva, onde o lítio é usado na produção de graxas. No entanto, nos últimos quatro anos, a demanda mudou drasticamente, com dois terços de sua produção anual de 1,5 mil toneladas de carbonato de lítio (LCE) destinados à fabricação de baterias. A empresa também produz 42 mil toneladas por ano de concentrado de espodumênio com 5.5% de Li2O.

Embora o número da CBL seja modesto em comparação com a demanda global de cerca de 800 mil toneladas de LCE este ano, que deve chegar a 2 milhões de toneladas até 2030, a empresa tem visto seu lucro líquido crescer mais de 11 vezes entre 2020 e 2022, de R$ 30,7 milhões para R$ 357,9 milhões. O faturamento também aumentou cinco vezes, de R$ 120,5 milhões em 2020 para R$ 668,1 milhões em 2021.

A CBL, 100% brasileira, é pioneira na mineração subterrânea de pegmatito litinífero e no beneficiamento de espodumênio, a fonte primária de lítio. A empresa atua em duas das cinco principais etapas da transformação do lítio até a bateria de carros elétricos. Operando a mina subterrânea Cachoeira, localizada em Araçuaí (MG), a empresa extrai o pegmatito litinífero usado na produção de compostos de lítio.

A CBL exporta espodumênio, carbonato e hidróxido de lítio para países como China e Alemanha desde 2019, que completam as etapas finais de manufatura. Para aproveitar o momento positivo, a empresa planeja duplicar sua capacidade de mineração e beneficiamento até 2030, antes que o mercado de lítio atinja sua estabilização, prevista para 2030.

A CBL está em uma posição vantajosa, uma vez que empresas que desejam iniciar projetos de mineração “greenfield” no Brasil precisam de aproximadamente seis a oito anos para obter todas as autorizações necessárias, devido às exigências de know-how e investimento. Com seu know-how já estabelecido, a CBL está bem posicionada para continuar crescendo na corrida global pelo lítio.


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