O presidente do Partido Liberal (PL) na Bahia, João Roma, não poupou palavras ao reagir às recentes declarações do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que atribuiu ao ex-presidente Jair Bolsonaro, do mesmo partido de Roma, a responsabilidade pela escalada da violência na Bahia, em decorrência do avanço das organizações criminosas ligadas ao tráfico de drogas. Em uma entrevista concedida nesta segunda-feira (25/09/2023), Roma classificou as palavras de Dino como “ridículas” e destacou que as armas utilizadas pelos criminosos provêm do tráfico de drogas e do tráfico internacional de armas.
“O ministro Flávio Dino é um falastrão e boboca que não respeita sequer o parlamento. Não dá para pegar um tema desses e querer puxar para a seara política. E também não é com discurso do politicamente correto que será corrigida a questão”, declarou João Roma durante uma entrevista à Rádio Brado, em Salvador.
Roma apontou ainda que há uma obsessão da oposição em culpar Jair Bolsonaro por uma série de problemas no país. Ele ressaltou que durante o mandato de Bolsonaro, a criminalidade foi mantida sob controle, e que agora, com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a Bahia testemunha um aumento na atividade do crime organizado.
“Tudo é Bolsonaro. Durante o período do presidente Bolsonaro, a bandidagem ficou contida e agora se vê o frenesi do crime organizado com o governo Lula. O que temos é um ministro falastrão e o governador [Jerônimo Rodrigues] querendo transferir a responsabilidade para quem quer que seja”, comentou o presidente estadual do PL.
João Roma também aproveitou para reiterar sua pré-candidatura a prefeito de Salvador e mencionou uma pesquisa recente que lhe atribuiu 9% das intenções de voto, o que o deixou animado. No entanto, ele destacou a possibilidade de composição com o atual prefeito Bruno Reis, que deve buscar a reeleição. “Dentro de algumas premissas, é possível unir forças”, afirmou Roma.
Apesar de mencionar o diálogo com Bruno Reis, Roma ressaltou o afastamento do ex-prefeito ACM Neto, que recentemente elogiou tanto o ex-presidente Lula quanto o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
“As declarações dele mostram o quanto estamos cada vez mais distantes. Ele elogiar Lula, só pode ser falta de amor-próprio, depois de tudo que o PT fez contra ele, inclusive o próprio Lula humilhando-o em praça pública. E ele vai lá depois lambê-lo. Isso só pode ser falta de amor-próprio”, analisou Roma.
O ex-deputado federal também comentou as críticas feitas por ACM Neto a Jair Bolsonaro e afirmou que não compreende essa animosidade, destacando que Bolsonaro nunca agiu contra Neto e até pediu votos para ele no segundo turno das eleições.
Questionado sobre sua opinião em relação ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, Roma fez críticas à sua atuação, questionando se Moraes agiu com isenção e respeitou a lei em suas decisões.
Roma concluiu fazendo um apelo pela união da direita no Brasil, ressaltando a importância do diálogo e da colaboração entre diferentes grupos políticos dentro do espectro da direita brasileira.
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