Países do G77 e China condenam monopólios no setor de tecnologia

Presidente Lula participou da cúpula e manteve uma agenda de trabalho em Havana antes de seguir para Nova York. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Presidente Lula participou da cúpula e manteve uma agenda de trabalho em Havana antes de seguir para Nova York. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante a cúpula realizada em Havana, os chefes de Estado e de governo dos países que compõem o Grupo dos 77 mais China divulgaram uma declaração conjunta enfatizando a necessidade de combater monopólios no setor de tecnologia. O encontro contou com a presença do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e abordou questões relacionadas ao desenvolvimento tecnológico, acesso à saúde e ação contra as mudanças climáticas.

Criado em 1964 com 77 países-membros, o G77 foi ampliado e agora inclui 134 nações em desenvolvimento da Ásia, África e América Latina. A parceria com a China foi estabelecida nos anos 1990.

A declaração conjunta, composta por 47 tópicos, destaca a preocupação com a hegemonia de grupos monopolistas no setor de tecnologia da informação e internet. O documento ressalta a rejeição a tais monopólios e práticas injustas que prejudicam o desenvolvimento tecnológico de nações em desenvolvimento. Além disso, enfatiza que os Estados detentores de monopólio não devem usar tecnologias de informação e comunicação para conter o progresso econômico e tecnológico de outros países.

O texto também apela à comunidade internacional para promover um ambiente aberto, justo, inclusivo e não discriminatório para o desenvolvimento científico e tecnológico. Outro ponto abordado na declaração é a necessidade de garantir o acesso equitativo dos países em desenvolvimento a medidas, produtos e tecnologias relacionados à saúde para enfrentar pandemias atuais e futuras.

Além disso, o G77 e China destacam a importância da tecnologia na luta contra as mudanças climáticas, que afetam de maneira desproporcional as nações em desenvolvimento. O grupo enfatiza a necessidade de remover barreiras tecnológicas que limitam a adaptação às alterações climáticas.

A declaração também aborda a imposição de leis e regulamentos extraterritoriais e medidas econômicas coercivas, incluindo sanções unilaterais contra países em desenvolvimento. O grupo rejeita tais ações, argumentando que prejudicam os princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, bem como o avanço da ciência, tecnologia e inovação.

Além das discussões na cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve uma agenda de trabalho em Havana, onde se encontrou com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel. Essa viagem oficial marca o primeiro encontro de um líder brasileiro com Cuba em nove anos. Lula seguirá para Nova York, nos Estados Unidos, para fazer o primeiro discurso do debate geral da 78ª Assembleia Geral da ONU.

Será a oitava vez que o presidente brasileiro abrirá o debate geral dos chefes de Estado na ONU, destacando a importância da diplomacia internacional e da cooperação global.

*Com informações da Agência Brasil.


Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe to get the latest posts sent to your email.

Facebook
Threads
WhatsApp
Twitter
LinkedIn

Deixe um comentário

Discover more from Jornal Grande Bahia (JGB)

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading

Privacidade e Cookies: O Jornal Grande Bahia usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso deles. Para saber mais, inclusive sobre como controlar os cookies, consulte: Política de Cookies.