No domingo (03/09/2023), durante a celebração de uma missa em uma arena de hóquei no gelo em Ulan Bator, capital da Mongólia, o Papa lançou um apelo direto aos católicos chineses, pedindo que fossem “bons cristãos e bons cidadãos”. Essa mensagem, embora não prevista em seu discurso oficial, pareceu uma tentativa de tranquilizar o governo chinês, que vê com desconfiança qualquer organização, especialmente religiosa, que possa desafiar sua autoridade.
As relações entre o Vaticano e Pequim são complexas, e Pequim teme que o Vaticano possa ser uma ameaça à sua autoridade, especialmente quando se trata da nomeação de bispos. O governo chinês não reconhece a autoridade do Papa sobre a nomeação de bispos na China e possui sua própria Associação Católica Patriótica, que controla as igrejas católicas no país.
Esta visita papal à Mongólia, um país sem litoral entre a China e a Rússia, teve dois objetivos principais: visitar uma região remota onde o catolicismo é uma presença recente e pouco difundida, e estabelecer laços com Pequim enquanto estava na região.
No entanto, essa visita não foi isenta de desafios. Muitos peregrinos chineses se arriscaram a ir à Mongólia, apesar do risco de represálias em seu próprio país. O governo chinês tem restringido a prática religiosa, especialmente para comunidades religiosas não sancionadas pelo Estado, como a Igreja Católica.
A visita do Papa à Mongólia, uma nação de cerca de 3 milhões de habitantes, com apenas cerca de 1,4 mil membros da comunidade católica, foi um ato de solidariedade em um momento em que o diálogo inter-religioso e a liberdade religiosa enfrentam desafios em várias partes do mundo. Seus esforços para promover a tolerância religiosa e o diálogo inter-religioso também foram destacados durante sua visita à Mongólia.
No domingo, o Papa se encontrou com líderes religiosos de diferentes tradições, incluindo budismo, xamanismo, islamismo, judaísmo, hinduísmo e Igreja Ortodoxa Russa, enfatizando a importância da cooperação inter-religiosa para o bem da sociedade.
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