Rússia e Sul Global desafiam sanções ocidentais em empreendimento econômico sem-sucedido

Empresário russo Oleg Deripaska aponta o sucesso da Rússia em enfrentar as sanções ocidentais. (Foto: iStock)
Empresário russo Oleg Deripaska aponta o sucesso da Rússia em enfrentar as sanções ocidentais. (Foto: iStock)

O empresário russo Oleg Deripaska fez declarações impactantes em uma entrevista ao jornal Financial Times, destacando o que ele vê como um fracasso das sanções ocidentais ao tentar isolar a economia russa. Deripaska afirmou que a Rússia não apenas sobreviveu ao esforço de isolamento econômico, mas também desenvolveu laços econômicos substanciais com o Sul Global, demonstrando sua capacidade de superar as pressões econômicas impostas pelo Ocidente.

A entrevista, publicada pelo Financial Times, revela que a Rússia conseguiu evitar a maior parte das sanções do G7 relacionadas às suas exportações de petróleo, resultando em um preço de quase US$ 100 por barril, um marco notável considerando as restrições impostas pelo Ocidente.

Deripaska expressou ceticismo em relação à eficácia das sanções ocidentais, que ele descreveu como uma “arma milagrosa” usada pelo Ocidente. Ele argumentou que usar o sistema financeiro como uma ferramenta de pressão econômica não é eficiente no século XXI.

Além disso, o empresário destacou a resiliência do Sul Global em resistir à pressão para aderir às sanções ocidentais. Ele enfatizou a necessidade de países do Sul Global, como Índia e China, em manter relações comerciais e parcerias com a Rússia devido às demandas crescentes por recursos naturais russos e soluções comerciais provenientes do país.

Deripaska explicou: “Eles precisam alimentar um bilhão todos os dias […]. Foi um erro grave pensar que poderiam usar esse excelente mecanismo para pressionar regimes autocráticos. Do próximo bilhão que está para nascer, 70% estarão nessa região. Vamos encarar a realidade, eles querem desenvolvimento, precisam dos recursos naturais da Rússia, de soluções russas e de comércio com a Rússia.”

O Financial Times também observou que o comércio russo com a Índia aumentou significativamente no primeiro semestre de 2023, triplicando os números anteriores. Além disso, as relações comerciais com a China registraram um aumento de 32% nos primeiros oito meses do ano.

Quanto à questão ucraniana, Deripaska argumentou que os esforços ocidentais em fornecer armas à Ucrânia não mudarão a situação atual na região. Em vez de resolver o conflito, ele acredita que esse fornecimento só prolongará o sofrimento e causará mais perdas humanas. Ele concluiu afirmando que é necessária uma abordagem diferente para buscar uma solução para o conflito em curso.

*Com informações da Sputnik News.


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