O mercado de saúde privada no Brasil está vivenciando um período de reaquecimento, demonstrando resiliência após os desafios enfrentados durante a pandemia de Covid-19. Empresas do setor reportam resultados positivos e passam por transformações em suas estruturas, indicando uma tendência de crescimento. Um estudo recente publicado na BMC Health Services Research, uma renomada revista internacional de artigos científicos sobre serviços de saúde, revelou um aumento significativo no número de fusões e aquisições, tanto entre operadoras menores quanto entre grandes instituições de saúde.
Segundo Heder Bragança, especialista em fusões e aquisições de empresas e diretor da Finance Capital Private Equity, esse cenário reflete uma nova tendência do mercado. Ele destaca a entrada das classes B e C no mercado privado de saúde, com planos de saúde locais adquirindo outros planos para se tornarem mais abrangentes, oferecendo um atendimento de qualidade a um preço acessível. Um exemplo notável é a Hapvida, que registrou um aumento de 63,5% no faturamento no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período de 2022.
Além do aumento de novos pacientes nos planos de saúde, Heder ressalta a importância do controle da pandemia para o reaquecimento do mercado de saúde. Com a contenção dos custos e o retorno dos pacientes para procedimentos eletivos nos hospitais, o setor de saúde privada experimentou uma retomada robusta. Os principais impulsionadores desse crescimento foram o controle da pandemia, o aumento no número de pessoas com planos de saúde e a retomada dos procedimentos eletivos.
De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em julho de 2023, mais de 50,7 milhões de pessoas estavam inscritas em planos de assistência médica, um aumento de quase 1 milhão de beneficiários em um ano. Comparando julho com junho de 2023, houve um crescimento de 99.456 usuários. Atualmente, a ANS registra a existência de mais de 1,1 mil operadoras de planos de saúde ativas em todo o país.
A telemedicina também desempenhou um papel fundamental nesse reaquecimento do mercado de saúde. Durante a pandemia, as consultas virtuais e os aplicativos de saúde se tornaram parte essencial da jornada do paciente, oferecendo conveniência e acesso rápido a profissionais de saúde. A saúde digital incluiu o uso de dados e análises avançadas para melhorar diagnósticos, tratamentos e prevenção de doenças, com custos acessíveis. Essa abordagem enfoca as consultas, mas também oferece descontos em exames e medicamentos em uma rede credenciada.
Heder Bragança destaca que esse cenário de saúde digital contribuiu para aquecer o mercado de saúde, com empresas que anteriormente não ofereciam benefícios de saúde agora fornecendo essas opções aos colaboradores e seus familiares.
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