Uma operação humanitária de grande envergadura está em andamento na cidade de Goris, no sul da Armênia, onde aproximadamente 100 mil refugiados que fugiram da região de Karabakh estão começando a construir uma nova vida com o apoio da Organização Internacional para as Migrações (OIM). A cidade, situada nas altas montanhas do sul da Armênia, a apenas 25 km da fronteira com o Azerbaijão, na passagem de Lachin, testemunhou uma resposta rápida e eficaz para abrigar os deslocados, evitando uma catástrofe.
Segundo o porta-voz da OIM, Joe Lowry, esses refugiados foram acomodados em tendas, cozinhas móveis, banheiros portáteis, bancos de roupas, estações de água, clínicas, áreas de lazer e um ponto de registro. Tudo isso foi montado em tempo recorde, com a colaboração de equipes de emergência e voluntários. Até a primeira segunda-feira de outubro, a cidade de Goris havia retomado sua tranquilidade, com todos os refugiados encontrando algum tipo de acomodação temporária. Cerca de 40 mil pessoas foram acomodadas em hotéis e instalações comunitárias pelo governo, enquanto outros foram acolhidos por familiares, amigos e voluntários organizados por meio de campanhas nas redes sociais.
Agora, a Armênia enfrenta o desafio maciço de integrar esses novos chegados. O diretor regional da OIM, Manfred Profazi, afirmou que eles vão precisar de casas, escolas, hospitais e empregos para reconstruir suas vidas. Profazi fez essa observação após uma visita de três dias à Armênia, onde pôde verificar a primeira de várias clínicas de saúde móveis que a OIM está abrindo em todo o país para atender às necessidades de saúde física e mental dos refugiados.
Muitos dos refugiados viveram em situações de conflito por 30 anos, perdendo suas casas, memórias familiares e comunidades. O representante da OIM adiciona que eles estão traumatizados e exaustos, com crianças e idosos enfrentando situações especialmente difíceis.
A OIM está colaborando com outras entidades na elaboração de um plano de resposta global, sob a liderança do governo armênio. A chefe da OIM na Armênia, Ilona Ter Minasyan, ressaltou que a agência está envolvida em vários setores, não apenas infraestrutura, mas também abrigos, recuperação e proteção. Ela alertou que muitas mulheres estarão vulneráveis ao tráfico sexual e à violência de gênero, e a OIM, com sua experiência em sensibilização de populações, desempenhará um papel vital nesse contexto.
*Com informações da ONU News.
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